O médico sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Daniel Soranz, disse à Sagres 730 nesta terça-feira (7) que Goiás tem bom “desempenho” no combate à covid-19 por se utilizar de uma estrutura física de saúde pré-existente, diferentemente das estruturas provisórias montadas em outros Estados, pela organização do serviço de saúde e pelo desempenho clínico de unidades.

Atendendo a um pedido do governador Ronaldo Caiado (DEM) feito diretamente à presidência da Fiocruz, Soranz e suas colegas professoras Paula Travassos e Andara Moreira visitaram Goiás na semana passada para avaliarem o trabalho executado pelo governo de Goiás.

O médico sanitarista detalhou que Goiás tem uma posição “confortável” comparando com outros estados da Federação. Ele citou que Goiás tem a menor taxa de letalidade da doença, que está em 2.2, além disso, o Estado tem uma das menores taxas de mortalidade por habitantes. Goiás tem nove óbitos por 100 mil habitantes, enquanto em outros Estados da Federação como o Amazonas, por exemplo, que tem 71 óbitos por 100 mil habitantes, ou o Rio de Janeiro que tem 73 óbitos por 100 mil habitantes.

“Então o Estado de Goiás vem apresentando um desempenho muito superior no combate o coronavírus comparativamente com os outros estados da Federação”, disse Daniel Soranz. Ele ressaltou que esses números não geram tranquilidade total. “Porque é nesse momento que os números estão começando a subir no Estado, então é uma preocupação grande nas próximas semanas de garantir que o Estado mantenha esse bom desempenho em relação ao combate do coronavírus”, completou. 

Outra análise feita pela equipe da Fiocruz foi o desempenho da clínico dos hospitais montados para o tratamento do novo coronavírus. Uma das unidades visitadas foi o HCamp de Goiânia. “Ele também é um hospital bem diferenciado, a gente compara ele com outros hospitais de campanha dos outros estados. Goiás teve um vantagem muito grande comparativamente com outros estados, por que utilizou estruturas pré-existentes, utilizou hospitais de alvenaria que já estavam construídos na sua maioria, diferente de Estados que montaram estruturas temporárias onde é muito difícil garantir o desempenho clínico da unidade hospitalar”. 

Em atualização