Sempre procuro acompanhar e saber o que acontece nos bastidores dos clubes da capital, Goiás, Vila Nova e Atlético até para saber o que efetivamente acontece nas entranhas dessas instituições e poder fazer comentários seja, críticas ou elogios, de modo que possa refletir a realidade dos fatos.
Nesse espaço, hoje vou falar sobre o Vila Nova que está disputando o penúltimo nível das competições nacionais que é a Série C, o que traz muitas conseqüências desagradáveis em disputá-la, já que o time perde prestígio, mídia, dinheiro e a proximidade da elite do futebol Brasileiro que é a Série A.
O Vila Nova caiu pelos desmandos provocados pela New Ville, uma empresa privada cujo presidente era Sizenando Ferro tendo como sócio uma pessoa ligada ao Goiás que era o Omar Vasconcellos e não se sustentou pois fez um planejamento baseado no vento e não conseguiu sequer terminar a temporada de 2011 e entregando o abacaxi para Geso Oliveira que não teve condições de segurar o time na Série B pois a vaca já tinha ido pro brejo.
No final do ano passado, foram realizadas eleições para o Executivo e o Conselho Deliberativo e na oportunidade foram eleitos Eduardo Barbosa e o polêmico Paulo Miguel Diniz, respectivamente, e tendo como vice-presidente uma figura pouco conhecida no meio colorado Marcos Martinez, filho de um ex-presidente e conselheiro antigo que tem uma boa historia no Clube o Jose Martinez.
O resultado dessa eleição todo mundo sabe. Eduardo Barbosa foi expulso do Vila. Com isso Martinez assumiu de forma interina, sendo depois efetivado como Presidente do Vila Nova.
Ele mostrou que é sortudo, pois assim que assumiu um cargo sem fazer força para conquistá-lo, conseguiu negociar bem o meia Rondinelly para o Grêmio por cerca de R$ 1,3 milhão, uma boa grana por um jogador em inicio de carreira. Essa grana possibilita ao Clube tocar a vida nessa Série C até este mês de agosto quando o Grêmio pagaria a ultima parcela.
Mas o que me assustou é o quanto o Vila Nova é desorganizado. Em alguns casos beira à esculhambação, não tem um direcionamento, um norte e não sabe pra onde vai. Alguém importante no clube teria dito que não tem obrigação de subir o time para a B, já que “não fomos nós que o derrubamos”. Vamos aos fatos.
Que o Marcos Martinez não tem capacidade de administrar o Tigre é fato, pois não tem contatos, discernimento e nem experiência para isso, mas serve para satisfazer os caprichos de Paulo Diniz que sonha um dia ser o “Hailê” do Vila Nova, o que é um absurdo.
Não tenho nada contra o Marcos, até porque não tenho nenhum motivo para não gostar dele. Ao contrário, gosto do velho Zé Martinez e o que abordo aqui é a total falta de experiência do presidente do Vila Nova sem saber o quanto esse quadro é representativo. Presidente é presidente e não um funcionário qualquer. Como tal, ele deve se comportar pois são as prerrogativas do cargo.
Presidente não pode ficar se misturando a todo momento com jogadores e comissão técnica. Para isso, ele tem o Iron Gonçalves um profissional respeitado por todos e que tem uma história no Vila e tem todas as condições de fazer esse elo entre o futebol e o presidente que tem que administrar o clube como um todo e isso não á fácil, até porque são várias as áreas que precisam ser geridas.
Marcos Martinez acompanha o time nos jogos fora de Goiânia. Só não o fez uma vez porque estava participando de um evento de competição de veiculo. Mas o que é estarrecedor é o presidente na concentração do time ficar bebendo cerveja à vista de jogadores. E bebendo muito, o que é pior. Outra coisa. Imagina o Juvenal Juvêncio que gosta de uma “água de parede” bebendo com o Ney Franco. Isso jamais, jamais aconteceria. O presidente do Vila Nova bebe com seu treinador. Ele tem todo direito de beber, aliás não há nada de errado nisso. O que se questiona é onde e com quem. A liturgia do cargo não dá o direito a isso. Presidente tem que se comportar como presidente.
Está na hora do Paulo Diniz fazer outra reunião para cobrar de seus comandados, pois ele fica numa situação muito boa olhando tudo de longe e não participando da solução de problemas, deixando isso com Martinez, Paulino Vilela e, acreditem, até o Balzachi que mora em Santa Catarina. É hora de o Diniz criar condições financeiras para o clube sobreviver até o final do ano
Casa que não tem chapéu na parede da sala o cara entra e vai parar na cozinha. Porque o treinador não aproveita os meninos da base? Diego, Cairo dentre outros? Vai revelar jogador pro Atlético Mineiro como Wescley, por exemplo?
Jogador percebe rápido quando o comando é fraco. Eles não são muito ligados mas são teleguiados por empresários e alguns tem uma boa percepção. Paulo Diniz deveria resgatar um dos grandes ídolos da história recente do Vila Nova, Roni, que tem capacidade e respeito para ajudar no futebol e é um cara do bem. O Vila Nova está nesta semana fora do G4 não é por acaso, pois o time tem se comportado como pequeno, que não leva nem médico nas viagens, usa médico do time adversário. Talvez fosse melhor o presidente ficar em casa e utilizar a sua passagem mandando um médico acompanhando a delegação, pois na Série C o Vila Nova é grande. Que se comporte como tal.