O atual diretor geral da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), Flávio Buonaduce Borges, fala na primeira da série de três entrevistas da Rádio 730 às eleições presidenciais da instituição. O candidato fala de seu projeto OAB Forte e das medidas que pretende colocar em prática, caso seja eleito. Entre outras propostas, Buonaduce defende a utilização de uma tabela mínima de honorários a todos os advogados do Estado.
Ouça a entrevista na íntegra: {mp3}stories/2015/Variedades/FLAVIO__BUONADUCE_18_11{/mp3}
“Essa tabela serve para advogado do interior e da capital. Mas essa tabela hoje sequer é sugestiva, o mercado compreende hoje que ela não é obrigatória. Então a partir do momento em que você cria um movimento junto ao mercado, chamando a atenção que existe aquele valor e que deve ser obrigatoriamente observado pelo advogado, que ele possa se utilizar dessa tabela e aí sim facilitar a forma de contratação. E mais do que isso, valorizar a sua atividade profissional”, ressalta o candidato.
Buonaduce defende a criação de um aplicativo de celular para comunicação dos advogados do interior com a direção da instituição, aprimorando o chamado observatório da advocacia. Ele afirma que a internet propicia uma maior agilidade na interlocução e que evita o desgaste com deslocamentos do interior para a capital.
“A realidade do advogado do interior é completamente diferente da do advogado da capital. Você tem que criar na verdade vários mecanismos de comunicação, não apenas um. Nossa proposta é a transformação do que chamamos de observatório da advocacia. Seria através de um aplicativo junto ao celular, em que as pessoas poderiam falar diretamente com a direção da instituição, não haveria a necessidade de um deslocamento do advogado do interior para conversar com a diretoria ou o inverso”, afirma o atual diretor.
A respeito da interferência em questões de interesse nacional, Buonaduce acredita que a Ordem dever manter a postura de provocadora de discussões, e agir conforme o interesse dos profissionais de advocacia. Perguntado sobre um possível processo de impeachment da presidente Dilma, ele afirma que é preciso haver a discussão do assunto junto à sociedade, e só se mobilizar a respeito caso seja de interesse da maioria da população.
“Eu acho que ela tem que ser uma provocadora da discussão. A instituição por instituição deve tomar partido quando for de interesse do advogado. É fazer com que a comunidade tanto da advocacia como a própria sociedade se posicionem, e aí se for um posicionamento majoritário da advocacia, aí eu concordo, aí ela tem que seguir essa maioria”, analisa.
Cinco são os concorrentes de Flávio Buonaduce na pré-candidatura à presidência da OAB. São eles: Padro Paulo Medeiros, Lúcio Flávio Paiva, Djalma Rezende, Julio Meirelles e o atual presidente, Enil Henrique. A eleição está marcada para o próximo dia 27 de novembro.