O Ministério Público de Goiás e a Polícia Civil começaram a desenvolver uma força tarefa no intuito de reduzir a quantidade de inquéritos policiais instaurados até dezembro de 2007, e que estão parados em Goiânia.

No total na capital, são 627, e a maioria é relacionada a crimes de homicídios. Seis delegados e seis promotores estão realizando a ação.

O coordenador da Força-Tarefa, delegado Paulo Roberto Moreira, relata alguns fatores que levam à demora na conclusão dos inquéritos.

“São vários fatores, até mesmo a estrutura e a dificuldade de localizar a autoria. Homicídio tem todos os detalhes e várias situações. Em cada caso precisamos analisar com cuidado. Acreditamos que até o dia 30 nós vamos zerar esses 627 inquéritos para ser concluído”, aponta.

O coordenador do Centro de Apoio Criminal do Ministério Público de Goiás, Bernardo Boclin, descreve qual caminho que é tomado pelo inquérito policial.

“O inquérito tem três caminhos. Ou ele vai ser arquivado porque é impossível descobrir a autoria, ou pode virar uma ação, ou então pode complementar diligências”.

O promotor Bernardo Boclin justifica a parceria do Ministério Público com a Polícia Civil nesta força-tarefa, dizendo que na união do promotor com o delegado que preside o inquérito, se consegue resolver os problemas juntos. 

O delegado Paulo Roberto Moreira analisa quais poderão ser os resultados positivos desta ação.“Nós vamos esvaziar boa parte do acúmulo de tarefas que estão pendentes nas delegacias”, afirma.

Somente no primeiro dia de ação, 11 inquéritos já foram colocados à disposição do Judiciário, e 16 precisaram retornar às delegacias para que mais informações sejam incluídas nos processos.

Em todo o Estado, estão paralisados 3.250 inquéritos. Em caso de sucesso nessa força inicialmente concentrada em Goiânia, o trabalho poderá se estender para outras cidades.