Durante os “Debates Esportivos” de hoje, Rodrigo, volante do Goiás, falou sobre sua situação na equipe esmeraldina e lamentou estar sendo pouco aproveitado. “Estou ligando para explicar a verdade da situação que está acontecendo comigo. Temos uma decisão hoje contra o Coritiba, mas infelizmente não estarei no jogo (não foi nem relacionado para o confronto). Queria muito estar ajudando”.
O jogador ainda fez questão de negar que esteja “tirando o pé” durante suas participações, apesar do seu contrato com o Goiás se encerrar no final do ano. “A verdade é que no jogo contra o Fluminense, na 28ª rodada, eu sai machucado, com uma lesão no tornozelo. Na semana seguinte, fiz o tratamento todos os dias tentando atuar contra o Figueirense. Não queria ter ficado de fora do jogo, mas acabei ficando de fora do jogo. Não sei se por opção do Artur Neto ou da diretoria, por conta da situação da minha renovação de contrato. Foi uma opção deles e segui treinando da mesma forma. Jamais iria “tirar o pé”, até porque isso não é da minha índole”.
Rodrigo destacou que não falta vontade de ajudar o Verdão a sair da zona de rebaixamento e que se sente frustrado por não estar sendo aproveitado. “Sou criado na base e serei eternamente grato ao Goiás e minha vontade de jogar sempre foi e é muito grande. Sou profissional e sempre me dediquei nos treinos para ajudar o Goiás a sair da situação. Fiquei tratando o tornozelo e continuei treinando forte, estou frustrado por não estar sendo aproveitado, mas a gente vai aprendendo no futebol, sempre crescendo com essas coisas que vão acontecendo”.
O volante ainda ressaltou que não pode ter sua situação comparada com outros jogadores formados na base do clube, como Ernando e Amaral. “A situação dos dois é diferente, até porque eles já tinham mais tempo, mais anos, com uma história no clube, enquanto eu comecei a minha no ano passado. Querendo ou não há um respeito maior do clube com o jogador, coisa que não acontece com quem é da base. Às vezes, vocês não sabem como funciona. Não estou aqui para brigar, até porque respeito a opinião da diretoria”.
Erro
“Meu erro foi ter ficado calado. Ainda vou ter a oportunidade de falar tudo que aconteceu e acontece, mas, naquele momento, iria contra a diretoria. É complicado, até porque sou um jogador da base”.
Saída para o Fluminense e renovação com o Goiás
“Não tem nada assinado. Não decidi minha vida ainda. Esclarecendo: no começo do ano, estava sem procurador, era apenas eu e meu pai. Se o Goiás tivesse feito uma (primeira) proposta decente, teria aceitado na hora. Ficou muito longe do teto da equipe. Se eu tivesse aceitado, ficaria muito ruim para mim, porque eram muitos anos com valores que foram oferecidos.
Se tivessem feito essa última proposta na época, teria aceitado. Sei da minha qualidade e que tenho muito a crescer ainda. Só que seria uma coisa justa e não um negócio bom apenas para o Goiás, como eles seria no primeiro momento. A partir daí, surgiu a entrada do Eduardo (Uram), que é quem está cuidando da minha carreira”.
Dificuldades por ser cria da base
Quando perguntado se ficou chateado com a contratação do experiente volante Ygor, que chegou ganhando um salário superior, Rodrigo destacou que o tratamento com os pratas da casa é diferente. “Cada um tem o que merece. Se eles acharam que eu não merecia, às vezes também não acreditavam em mim. Envolve muitas coisas. Jogador prata da casa também é tratado diferente de quem vem de fora. Aquele ditado que ‘santo de casa não faz milagre’ é verdade no futebol”.