A crise nos bastidores já era clara e evidente, mas se esperava que ela não atingisse as quatro linhas, ainda mais pela boa vitória por 3 a 1 na estreia da Série C contra o Grêmio Barueri, no domingo. Mas, isso não passou de uma mera ilusão. Há três meses sem saber o que é receber, os funcionários do clube entraram em greve nesta terça-feira e isso atingiu os atletas diretamente.

Sem material de treino e sem condição de ter o suporte devido, o treino da manhã acabou sendo cancelado pela comissão técnica, que não ficou nada satisfeita com isso. Os jogadores se reapresentaram às 9h, conforme a programação determinava, mas o treino físico não foi realizado. O diretor de futebol, Hugo Jorge Bravo, explica o que parou no clube nesta terça-feira.

“O que parou foi a questão de toda a logística que envolve o clube: rouparia, massagista, fisioterapeuta, preparador físico, preparador de goleiros, e isso repercute diretamente, inviabiliza qualquer tipo de trabalho. O clube está parado. Eu fiz o que eu podia fazer, tentei convencer o pessoal, mas como já tinha feito isso semana passada e nada foi feito, a gente vem perdendo força”

O presidente executivo, Marcos Martinez, sequer apareceu no clube na manhã desta terça-feira e também está incomunicável, tudo isso na véspera de uma reunião que pode acabar com a sua destituição. Hugo explicou que a greve poderia ter acontecido na semana passada, mas ele evitou essa situação. Agora, não teve como interferir.

 “A situação é a que a gente já vem alertando a diretoria do clube, a presidência executiva e as demais partes. Já tem 30 dias que nós estamos à frente do cargo, são 30 dias que eu venho alertando. Na semana passada, teve o princípio de paralisação,  só que eu reuni esse grupo, expliquei da necessidade de não parar e o pessoal entendeu, esperou até ontem (segunda-feira) a resposta, que é a financeira, e não aparece ninguém para dar satisfação”