Inaugurado em 9 de março de 1975, o Estádio Serra Dourada completa 40 anos de fundação nesta segunda-feira (9/3). Durante quadro décadas, várias estrelas brilharam no gramado, mas fora dele, muitos funcionários trabalham para manter tudo em ordem em um dos maiores estádios de futebol do Brasil.

A história de vida de algumas pessoas que diariamente estão no Serra Dourada se assemelha com a história do estádio. Laurivaldo Gervazio trabalhou na construção da arena e até hoje ganha a vida no local. “Só tinha a terraplanagem prontinha para fazer a fundação da arquitetura”, lembra.

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Laurivaldo trabalhou na construção do Serra Dourada (Foto: Vinicius Tondolo)
Graças ao esforço de milhares de operários, o estádio ganhava forma em meados da década de 1970. “Passávamos noites concretando porque não podíamos parar de concretar por causa das vigas”, recorda Laurivaldo.

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Francisco, o seu Chico, trabalho como eletricista no estádio (Foto: Vinicius Tondolo)
Alegrias, partidas inesquecíveis e jogadores consagrados estão na memória daqueles que trabalham no Serra. O eletricista Francisco Pereira dos Santos, o senhor Chico, trabalha há 38 anos no estádio. Um episódio bizarro e um penetra que lhe deu muito trabalho também faz parte de suas lembranças. “Teve um jogo do Brasil que um gambá passou no pé das pessoas”, recorda sorridente.

Além de assustar algumas pessoas, o gamba ainda roubou a cena. O animal deixou o estádio no escuro após invadir um dos quadros de energia. “Ele desligou uma cabine na hora de um jogo. Ficamos quase 40 minutos para consertar a cabine”, aponta o eletricista.

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Adelson Tomaz é porteiro da Tribuna de Honra há 32 anos (Foto: Vinicius Tondolo)
Sempre gentil e bem-humorado, o porteiro Adelson Tomaz, 44 anos, recepciona jornalistas, autoridades e convidados especiais que frequentam o estádio. Há mais de trinta anos trabalhando no local, ele recorda três momentos especiais vividos no Serra Dourada. “A vinda do Atlético-MG e Flamengo-RJ, em 1981, pela final da Libertadores, um jogo beneficente com os Trapalhões, quando o Zacarias , no vestiário, correu num segurança , trançou as pernas sobre ele e deu um beijo no segurança chamado Wando. Isso gerou uma brincadeira geral entre a gente e o pessoa no serviço”.

O terceiro momento citado por Adelson é a passagem do Papa João Paulo II, em 1991, por Goiânia. “Eu tive a oportunidade de me aproximar dele (Papa), notei que ele tinha uma harmonia muito grande com as crianças e com as pessoas que tinham necessidade. Nesse dia mais de 250 mil pessoas passaram pelo estacionamento do Serra Dourada”, destaca o porteiro.

A jornalista Wanda Oliveira é responsável por passar informações durante as partidas de futebol realizadas no Serra Dourada. Em uma cabine, ele informa escalações, substituições, resultados de outros jogos e etc. Há 16 anos trabalhando no local ela brinca que as pessoas ficam surpresas ao conhecê-la pessoalmente. “É você a menina da locução? – eu respondo que sim”, diz.