Foto: SagresTV

O fusca modelo 1970 se parece com outro qualquer. Só que não. O veículo foi todo adaptado para virar uma biblioteca ambulante. Para isso, ao abrir o capô, a surpresa: o porta-malas foi revestido com madeira, os bancos da frente são removidos, o assoalho recebe um piso diferente, e o chamado “chiqueirinho”, na parte do fundo do carro, vira estante.

Então, basta rechear o fusquinha com livros. Até a carretinha engatada no carro se transforma em mesa, coberta de clássicos das literaturas mundial, brasileira e infantil. Os bancos retirados do carro, são usados como poltronas para quem quer ler o livro ali mesmo.

A Bibliofuscoteca foi idealizada pela atriz e doutora em Letras Thaise Monteiro e pelo marido dela, o funcionário público Ivan Willian. A intenção é levar de carona no fusca grandes e novos autores, para encantar o público. A biblioteca ambulante vai a eventos como feiras literárias, praças públicas e escolas da periferia, para democratizar o acesso à literatura.

“Em muitos lugares a gente percebeu que ou as bibliotecas estavam fechadas, ou crianças vinham nos pedir os livros do cenário. Muitas nos contam que nas suas escolas não tem biblioteca, ou quando tem, ficam fechadas. Então a gente teve essa ideia de levar o objeto livro para essas pessoas que não têm condições de adquirir”, relata Thaise. 

O público pode escolher um livro levá-lo de graça ou trocar, ou seja, trazer um de casa e escolher um livro no acervo da bibliofuscoteca. São vendidos apenas os títulos que ficam no porta-malas, para ajudar na manutenção do projeto. Mas o preço, quem estabelece é a própria pessoa que vai comprar.

Para adaptar o fusca, o casal contou com vários parceiros e também conta com ajuda de doações para manter sempre uma boa quantidadede livros a fim de levá-los ao público.

A bibliofuscoteca é um dos projetos da Cia de Artes Poesia que Gira, criada em 2006, da qual o casal Thaise e Ivan Willian faz parte.

“Sozinho a gente não dá conta de fazer nada. O projeto conta com o apoio de vários amigos, parceiros, faculdades de Letras, algumas gráficas, editoras, que doam livros. A gente vai e busca para colocar no projeto”, explica Ivan Willian.

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