A suspeita de fraude no concurso da Polícia Civil e Militar do Estado de Goiás surpreendeu estudantes e “concurseiros” que realizaram as provas. Após o governo estadual anunciar o cancelamento dos exames, o Ministério Público e a Polícia Civil iniciaram uma investigação. Caso a fraude não seja confirmada, o governo pode voltar atrás e reabilitar os concursos.

Para debater o tema, estiveram presentes na Rádio 730 na manhã deste sábado (2), o Presidente Interino do Núcleo de Seleção da UEG e chefe jurídico da instituição, Karlos Matias; Denis Silva, representante dos concurseiros da Polícia Militar e Gabriel Ribeiro, membro da comissão do Concurso da PM. Ouça a íntegra do debate:

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De acordo com Matias, a instituição prevê a possibilidade real do cancelamento e por isso já está elaborando um novo cronograma que já foi encaminhado para a Secretaria de Planejamento (Segplan). Para o representante do Núcleo de Seleção daa UEG, o vazamento de informações não foi confirmado.

“Estamos trabalhando um novo cronograma considerando que pode existir a anulação do concurso. Estamos aguardando a posição do governo. Desde a semana passada estamos investigando internamente e o que houve foi uma falha técnica humana na hora de colocar à disposição as questões do gabarito. Não conseguimos comprovar que houve vazamento. O padrão de notas está igual a um concurso normal”, avalia.

O estudante Denis Silva, que prestou o concurso do cargo de soldado da Polícia Militar garantiu que ao longo do tempo, é normal, que sequências como essa se repitam. “A gente não se beneficiou da sequência do gabarito. Eu fiz 49 pontos, fiquei em 1.600 [posição]. Se eu tivesse encontrado essa sequência, com certeza eu teria fechado ou garantido um dos concursos como escrivão onde fiz 41 pontos. Essa sequência é uma coisa normal. Desde 2006, a UEG trabalha dessa forma. As sequências se repetem ao longo do tempo”, relata.

Para Karlos Matias, a instituição irá responsabilizar todos os envolvidos, caso seja confirmada a fraude. “Estamos empenhados para manter a lisura do concurso e se for constatado a fraude , todas as pessoas envolvidas serão responsabilizadas no rigor da lei”.