Muitos antigos no mundo do futebol tem aquela ideia de que zagueiro precisa assustar o atacante, ter cara feia, ser alto, uma verdadeira geladeira, e não precisa ter técnica, basta dar chutão e proteger o gol. O futebol mudou e esse perfil também. A prova disso é o zagueiro Diego Giaretta, que seja pela inteligência ou pelo cabelo com gel, consegue desmitificar essa imagem, e conta até com muitas seguidoras femininas.
O último jogo do Atlético foi uma exemplo disso. Em Arapiraca, um gol de letra, que poderia ser marcado por um meia ou por um atacante, foi anotado por Giaretta, que desabafou contra dirigentes rubro-negros. O vice-presidente, Jovair Arantes, teria o criticado por se importar mais com “gel no cabelo” do que com fazer seu trabalho, e até mesmo com algumas declarações do presidente Valdivino de Oliveira teria decepcionado. Tanto, que, Giaretta falou outra vez.
“Cara, é muito chato, né. Ele (Jovair) disse que ia colocar uma chuteira e treinar uma semana, eles são muito infelizes no que falam. Infelizmente, a gente tá aqui e eles declaram e temos que ouvir isso, mas como eu já disse, eu ouvi e já passou. Eu já esqueci, a gente procura não absorver essas coisas, porque é desnecessário e sem fundamento algum. O cara falar que o time só quer saber de gelzinho e tem jogador que só se preocupa com cabelo, muito infeliz. Como é vindo dele, pra mim tanto fez, tanto faz”
Algo que deixa Giaretta ainda mais insatisfeito é o fato dos dois dirigentes falarem e não cumprirem com o dever à frente do cargo, como o pagamento dos ordenados de cada atleta. O zagueiro falou abertamente que está com direitos de imagem atrasado no clube desde dezembro, e sabe que tem outros atletas na mesma situação. Por isso, esse tipo de crítica depreciativa dos dirigentes se tornam ainda mais absurdas, na ideia do atleta.
“Eu espero que eles cumpram com o que me devem, né? Já é ruim eles não estarem cumprindo, aí não cumprem e ficam falando besteira, é pior ainda. Eu tenho até hoje imagens atrasadas e eles não vem perguntar como é que está, se tá faltando ou se não tá, mas pra poder falar, eles falam. Eu não tô preocupado com o que ele fala, espero que cumpram com a obrigação deles primeiro, e depois se quiserem falar, fiquem à vontade, mas não vai me influenciar em nada”