Uma palavra frequente na apresentação de Gilson Kleina foi comprometimento. Em sua primeira entrevista coletiva no comando do Goiás, o treinador pediu aos atletas que, a partir de agora, formem uma família e se doem o máximo para tirar o Esmeraldino da parte baixa da tabela da Série B.

Kleina garantiu que quer todos os profissionais do clube incluídos no novo trabalho e ressaltou que as pequenas atitudes vão trazer os bons resultados de volta.

“Todos têm que estar inseridos. A partir de hoje, tem que ser uma família. Quando for dar a chuteira, tem que dar com energia. Quando for colocar o meião, tem que ser com energia. Só vai sair dessa situação, se tiver um comprometimento muito maior”, afirma.

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Sem pressão

O objetivo inicial do Alviverde na Série B era conquistar o acesso à elite do Brasileirão. 23 rodadas se passaram e a meta parece ter mudado. O time é 16º colocado e está à beira do Z-4. Caso o Bragantino vença o Sampaio Corrêa nesta terça-feira, 06, o Goiás cairá para a 17ª posição e entrará na zona de rebaixamento.

Por ter um dos maiores investimentos da segunda divisão, o Esmeraldino tem que lidar com a pressão de realizar uma campanha aquém da esperada. Na chegada, Gilson Kleina diz que quer relativizar a cobrança para obter desempenhos melhores dos atletas.

“Uma coisa que eu vou tentar trabalhar, é tirar um pouco essa pressão. Nós já sabemos da nossa responsabilidade. Não adianta eu colocar mais pressão em cima desses atletas. Eles sabem que podem render mais. Mas se eu colocar só uma situação negativa, eles vão para dentro de um campo com um emocional totalmente diferente do que eles poderiam desempenhar. Estamos numa situação incômoda. Temos que fazer nosso papel. Independente do que acontecer amanhã, só vamos nos alavancar se fizermos, dentro dos nossos domínios, o resultado positivo”, declara.

Trabalho duro

O novo treinador veio prometendo muito trabalho. Não somente da nova comissão técnica, mas também por parte do elenco. Kleina afirma que não vai tolerar jogadores desinteressados no grupo e garante que os atletas terão que “suar sangue” para ganhar sua vaga no time titular.

“Falei para eles que não adianta, nesse momento, a gente ter cadeira cativa. Se não fica muito fácil e todo mundo fica na zona de conforto. O que eu não quero é isso. Ninguém vai chegar aqui e mudar da água para o vinho. A gente tem que oxigenar. Suar sangue passa por um horário de treino, começar no horário, ter uma intensidade de treino. Infelizmente estamos numa situação incômoda. Tem jogador que não se apresentou hoje. Isso não. Tem que estar comprometido. Nós vamos blindar sempre o grupo, mas, entre nós, não posso passar a mão na cabeça”, pondera.

Gilson Kleina comandará seu primeiro treinamento no Esmeraldino na tarde desta terça-feira e começará a preparação visando o confronto diante do Ceará, no sábado, 10, às 18h30. O Verdão está em 16º na Série B, com 27 pontos conquistados.