(Foto: Secretaria Munic. de Educação/Assessoria)

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Ao longo de seus 86 anos de idade, Goiânia teve 21 prefeitos, sem considerar os que ficaram poucos dias. Neste período a capital viveu quatro fases. A primeira foi a de prefeitos nomeados pelo governador, antes de a cidade conquistar sua autonomia política e administrativa do governo estadual.

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A segunda fase ocorre a partir de 1947, quando Goiânia passou eleger seus prefeitos pelo voto direto. A terceira fase vai de 1969 até 1983, período em que a ditadura militar proibiu eleições em cidades consideradas de segurança nacional. A quarta fase começa com a volta das eleições diretas para prefeito, em 1985 até os dias atuais.

Em um terço de sua história, Goiânia foi comandada por prefeitos nomeados pelos governadores. Tudo começou com a nomeação do primeiro prefeito, Venerando de Freitas Borges, em 1935, ano da transferência da capital da cidade de Goiás para Goiânia.

Venerando foi indicado pelo interventor Pedro Ludovico Teixeira e a mudança da capital era parte fundamental no nascimento do ludoviquismo. O interventor tirou a força política da família Caiado, que dominava o estado pela antiga Capital, a Cidade de Goiás.

A primeira eleição a prefeito de Goiânia ocorreu em 1947, quando a cidade tinha 14 anos de idade. Foi escolhido Eurico Viana, do PSD de Pedro Ludovico. Foi sucedido por Venerando de Freitas Borges, agora pelo voto direto, para mandato que durou até 1955. Ainda neste período, em 1960, foi o eleito o único prefeito ligado à UDN, ao caiadismo ou a direita história em Goiás: Hélio de Brito. Todos os outros 20 são ligados ao MDB ou com origem no ludoviquismo ou do PT.

O último prefeito eleito na Capital antes do endurecimento do regime militar foi o jovem Iris Rezende, que governou em 1966 e ficou até 1969, ao ser cassado pelos militares. Neste momento, começa a terceira fase na historia institucional de Goiânia, com a indicação de prefeitos biônicos, nomeados pelo governador do Estado, que era escolhido pelo presidente da República. Eram os anos duros da ditadura.

Leonino Caiado, primo do hoje governador Ronaldo Caiado, foi o primeiro desta fase. Depois dele, vieram os prefeitos biônicos Manoel dos Reis, Rubens Guerra, Francisco de Castro, Helio Mauro Umbelino, Daniel Antônio, Índio Artiaga, Goianésio Lucas e Nion Albernaz.

Daniel Antônio, do MDB, foi o primeiro prefeito eleito depois da redemocratização, em 1985. Houve intervenção do Estado na prefeitura em 1987 e o prefeito eleito foi substituído pelo interventor Joaquim Roriz.

Depois de Daniel Antônio, o primeiro após a ditadura, as urnas elegeram Nion Albernaz (PSDB), em 1988; Darci Accorsi (PT), em 1992; com o retorno de Nion em 1996. Depois, veio Pedro Wilson (PT), que venceu a eleição de 2000.

O fim do mandato de Pedro Wilson marca o retorno de Iris Rezende (MDB), que é eleito em 2004 e reeleito em 2008. Iris deixa o Paço em 2010 para a disputa do governo e entrega a gestão para Paulo Garcia. O PT volta à prefeitura até a eleição de 2016, com mais um retorno de Iris Rezende.

Depois de 86 anos de vida, iniciada com a luta de Pedro Ludovico contra a família Caiado e a antiga capital, Cidade de Goiás, a falta de votos do grupo conservador, de direita, ligado à antiga UDN, perdura até hoje. De todos os 21 prefeitos eleitos na cidade, apenas um era udenista: Hélio de Brito, em 1961.