A cidade vai se colorir neste sábado com as cores do Brasil oficial e o fato não será isolado. O Brasil real, que não é só verde-amarelo, estará nas ruas se manifestando. São pessoas sem capachismo, sem amarras. Pessoas livres, donas de seu destino. Mesmo assim, sindicalistas desocupados querem virar patrões do sentimento popular. O público das passeatas rejeita também esse mandonismo. A Goiânia que vai à praça pública neste 7 de setembro é alheia tanto ao ufanismo oficial dos palanques quanto os mascarados, os baderneiros e os piores que eles, os líderes de araque.
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Existem as exceções, pois há sindicalistas que realmente defendem sua categoria e não desejam apenas compor número para sua central sindical ou apoio para sua ideologia ou preferência política. Mas, no geral, as novas safras de sindicalistas decepcionam quem espera representantes de alto nível. A equação é reivindicar o melhor para os filiados, sem esquecer princípios fundamentais à democracia.
Nos últimos meses, a Rede Clube de Comunicação foi assaltada pela dúvida acerca de alguns sindicalistas. Afinal, eles querem a volta dos generais ao poder, planejam ressuscitar o Estado Novo ou somente colhem assinatura para a criação do Partido Nacional-Socialista? Um viés une esses três fenômenos de massa de triste memória, o tolher da liberdade de expressão. É o mesmo viés que une dois sindicatos que estão fazendo campanha contra a Rádio 730 e o portal730.com.br.
Em vez de pregar o respeito à liberdade de imprensa, o sindicato dos servidores do Tribunal de Contas do Estado incita seus integrantes contra o Portal 730. Chega ao cúmulo de fazer campanha oferecendo advogado para quem quiser acionar juridicamente o Portal 730. E qual o crime cometido pelos jornalistas do portal? O crime de trazer à luz os nomes e os salários dos servidores do TCE. É uma gente que recebe dinheiro público e o público tem o direito constitucional de saber o que é feito com seu dinheiro. O sindicato dos servidores da Assembleia Legislativa chegou a pagar 15 salários mínimos para o jornal O Popular publicar diatribes contra profissionais da Rádio 730.
É também contra esse tipo de embuste sindical que o povo vai às ruas. Até porque, se ninguém protestar, logo as passeatas serão da entidade que certamente haverão de formar, o Partido Nacional-Socialista, mais conhecido como nazista.