O Campeonato Brasileiro da Série B de 1999 foi marcante para o torcedor esmeraldino. Teve a chegada do goleiro Harlei; o gol de bicicleta do ídolo Fernandão no empate por 4 a 4 com o Bahia no Serra Dourada; o quadrangular final com a presença do rival Vila Nova e ainda o polêmico jogo diante do título diante do Santa Cruz. Fatos e personagens que fazem o capitão Sílvio Criciúma lembrar com detalhes daquele time comandado por Hélio do Anjos.

“Era eu e o Álvaro na zaga. O Harlei se firmando com muita moral porque veio do Vila Nova, bons campeonatos e base do Cruzeiro. Foi um time que encaixou e que no ano seguinte, na Copa João Havelange, jogou o módulo principal e foi terceiro colocado na fase classificatória, ou seja, aquele time campeão de 99, reforçado, brigaria naturalmente pra ser campeão brasileiro em sistema de pontos corridos”, disse Sílvio, que ainda lembrou da formação diferente para aquele momento do futebol brasileiro, sem meia e com três jogadores de marcação no meio-campo.

“Era uma formação nova para o momento. Jogávamos sem um meia, com três volantes, com uma chegada muito forte na frente com Túlio, Josué e Marabá; Fernandão era quem fazia o 9 e o 10; Araújo muito agudo do lado esquerdo; Dill no melhor momento da sua carreira, baixinho, mas com um tempo de bola sensacional, fazendo muitos gols de cabeça; Além da consistência defensiva”.

Zagueiro Sílvio Criciúma era o capitão do Goiás em 1999 (Foto – Futebol de Goyaz)

Na bate –papo com o Sistema Sagres de Comunicação, na série de entrevistas em virtude do acesso do Goiás para a Série A – que pode acontecer na próxima segunda-feira (22) se o Verdão vencer o Guarani em Campinas – Sílvio Criciúma fez questão de ressaltar o quadrangular final com Vila Nova, Bahia e Santa Cruz, que teve um começo complicado e seu momento épico com a vitória em cima do rival no Serra Dourada.

“Fomos citados como uma equipe que não subiria mais, porque perdemos o primeiro jogo – 2 a 1 para o Bahia em Salvador – e aí ganhamos do Vila no segundo, empatamos o terceiro jogo com o Bahia em casa, então muitos achavam que a gente não subiria. Aquele Goiás conseguiu sua classificação na penúltima rodada em um dos jogos mais especiais da minha carreira de atleta, justamente aquele Goiás e Vila numa quarta-feira à noite, quando vencemos por 1 a 0 com o gol do Dill. Dali do Serra Dourada já subimos no caminhão do Corpo de Bombeiros e desfilamos com o acesso. Você conseguir subir em cima do rival tem um sabor especial”.

Como um dos ídolos da história do Goiás Esporte Clube, que vestiu a camisa esmeraldina de 1996 à 2000 e conquistou, além da Série B de 1999, o pentacampeonato do Goianão, Sílvio fez questão de destacar a importância do torcedor rodadas finais da Série B.

“Acredito que com a força da torcida, vivendo esse momento de volta da galera, com essa festa que tem sido feita na Serrinha, que virou uma reforço muito grande para o Goiás, deixa o time com muita força. Gostaria de dizer para o torcedor que ele deve acreditar sempre. O Goiás está bem representado pelos jogadores que aí estão, com a comissão técnica e a diretoria. Fico aqui à distância torcendo para que o Goiás volte para a primeira divisão”, finalizou.