O governo estadual, por meio da Superintendência de Inteligência Integrada da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), está auxiliando o governo de Roraima nos trabalhos de investigação na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), em Boa Vista, capital roraimense. O local foi palco do massacre no último dia 6 de janeiro, com a morte de 33 detentos.

A equipe goiana participou da Operação Monte Cristo II realizada na última sexta-feira (27), na unidade, quando equipes da 1ª Brigada de Infantaria de Selva do Exército, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, do serviço de inteligência da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de Roraima e da Força Nacional de Segurança Pública, realizaram revistas nas celas da penitenciária. 

Além da intervenção federal, Goiás é o único estado a prestar auxílio em Roraima. A ação é resultado da parceria concretizada no Pacto Integrador de Segurança Pública Interestadual e Goiás contribuirá com o estado de Roraima no restabelecimento da segurança naquela unidade prisional. 

O Pacto tem como objetivo discutir medidas efetivas contra criminalidade para garantir maior segurança no país. Atualmente, 15 estados compõem o acordo de cooperação, que é presidido pelo vice-governador de Goiás, José Eliton.

De acordo com o superintendente de Inteligência Integrada de Goiás, Danilo Fabiano, esse apoio foi solicitado pela Secretaria de Segurança Pública de Roraima por terem conhecimento do trabalho de qualidade realizado por Goiás na área de inteligência. “O estado de Goiás por já ter um know-how bem aceito e conhecido em nível nacional prestou esse apoio com uma equipe altamente especializada na área de inteligência”, explica.

Durante a vistoria no Pamc, as equipes apreenderam 56 telefones celulares, 5 balanças de precisão, 136 armas brancas, aproximadamente 2 quilos entorpecentes, 2 quilos de pólvora negra, anotações das facções criminosas, além de diversos outros materiais não permitidos no interior do presídio. O Exército retirou da unidade cerca de nove caminhões com entulhos. O trabalho de varredura ocorreu durante todo o dia, como informa o Governo de Roraima.

Ainda segundo o governo, uma briga no início do mês envolveu presos ligados ao Comando Vermelho e ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e resultou no massacre. São facções rivais que concentram grande número de detentos na maior penitenciária de Roraima.

Com informações do Goiás Agora