O Estado de Goiás já cadastrou 5,3 mil barragens, que devem ser monitoradas constantemente. Conforme a secretária Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Andréa Vulcanis, à medida que os proprietários rurais vão informando a existência das barragens, o sistema elaborado pelo Estado passa a calcular se o barramento tem baixo, médio ou alto risco de dano.

Em entrevista à, nesta quinta-feira (30), a secretária destacou que o governo estadual monta uma força-tarefa para fazer todo esse monitoramento, principalmente em função das fortes chuvas que caem em todo o Estado de Goiás. “Agora estamos em um momento crítico. As chuvas estão intensas e nós soltamos um alerta de cuidado preventivo para que todos os detentores de barragens façam as ações que foram determinadas”, informou.

Segundo Andréa Vulcanis, essas ações visam “evitar alguma anomalia ou rachadura por conta do alto volume de água”.

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Do total de barragens já cadastradas pelo Estado, foram identificadas cerca de 113 que têm alto e médio potencial de risco ou dano em Goiás. Para chegar a essa conclusão, a Semad analisa os materiais que formam a barragem, se ela é alta, se está em um rio maior ou menor, se ela acima do nível das cidades, entre outros critérios.

“É uma ação cotidiana de controle e cuidado com estes barramentos para evitar danos ambientais e até perdas de vida”, comentou a secretária. Sobre as barragens que estão à margem da legalidade, Vulcanis ressaltou o perigo que pode representar uma pequena represa não fiscalizada corretamente.

“Às vezes, é um barramento muito pequeno, mas existem outros abaixom no mesmo curso d’água. Num volume de água que vivemos agora, um estoura e não teve cadastro, e rompe os demais abaixo, causando um dano muito maior. Nossa ação foi atuar sobre aquelas que geram risco, mas ainda existem muitos fora do cadastro, e não temos o controle do que está acontecendo lá”, completou.

Queimadas

Em relação ao número de queimadas que ocorreram em Goiás, Andréa Vulcanis destacou que a Semad conseguiu, só em 2021, reduzir em 80% as áreas queimadas em territórios protegidos, em comparação aos anos anteriores. “Contratamos brigadas, que nem existiam nos parques estaduais, fizemos contratação de equipamentos, treinamentos com a população do entorno, entre outras coisas”, disse.

Além disso, o Estado também investiu em ações voltadas para proprietários rurais. “A nossa ação demonstrou que ações de cuidado evitam estas queimas nos nossos parques. Nós estamos iniciando um programa de ação com proprietários rurais. É importante que, em grandes áreas conservadas, reservas legais, também sejam feitas estas ações preventivas para evitar a queima do cerrado com acontece todos os anos”, completou a secretária.

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