O torcedor esmeraldino que foi à Serrinha no domingo de Páscoa teve motivos para comemorar, mas também para lamentar. O ponto positivo é que o Goiás venceu e anotou mais três pontos na boa campanha no Goianão. Porém, o time perdeu muitas chances de gol e só saiu vencedor por conta de um desvio contra de Levi que resultou em gol contra e garantiu ao Goiás a vitória no placar magro de 1×0.

1°Tempo

Jogando como líder da competição e diante de sua torcida, não tinha outra maneira do Goiás começar o jogo, senão em cima do adversário. E foi justamente isso que aconteceu. O Verde deu a saída de bola e de imediato foi em busca do gol. No primeiro minuto, Johnathan saiu da ponta direita, conduziu até a entrada da área e bateu para fora, mas com perigo. Dois minutos depois a grande chance: Carlos Eduardo chutou de fora da área, a bola saiu riscando a trave.

Os sustos iniciais fizeram o Crac acordar na partida e tentar dificultar mais a vida do Goiás. Passados cinco minutos, o time visitante apertou a marcação e tentava ficar mais com a bola, equilibrando um pouco mais as ações. Ao Verde coube reorganizar em campo e procurar novas alternativas para construir as jogadas. A partida foi ficando mais igual e mais truncada.

Aos poucos o Goiás foi retomando o controle da posse de bola e foi impondo seu ritmo, porém, a marcação do Crac se concentrava toda na entrada da grande área e, por isso, o Goiás não conseguia criar chances claras de gol. A saída foi arriscar chutes de longa distância. Primeiro com Patrick, que mandou longe. Depois com Carlos Eduardo, que bateu de efeito e viu novamente a bola sair muito próxima à trave direita de Gilberto.

Nos minutos finais da primeira etapa o Verde achou as duas melhores oportunidades do jogo. Arthur cobrou escanteio, Cléo subiu e mandou para o gol, mas antes da bola entrar ela bateu em Rafhael Lucas e saiu. Logo na sequência, em outro escanteio Cléo cabeceou novamente e dessa vez a bola foi para fora do gol por muito pouco.

2°Tempo

A etapa final começou disputada e com muitas faltas. O Crac ameaçava nos contra-ataques e deixava o time do Goiás mais atento na marcação. No setor ofensivo, o time continuava sem conseguir penetrar na defesa azul celeste e, assim, mantinha as esperanças nos chutes de fora da área. Aos seis minutos foi a vez de Cléo tentar. Ele soltou uma bomba rasteira e viu a bola sair por pouco, animando o torcedor na Serrinha.

Pouco depois foi a vez de Arthur desperdiçar boa chance e chutar para fora. Ele ficou livre com a bola dominada depois de bate-rebate na grande área, mas colocou muita força e mandou por cima da meta do Crac. Aos 19 uma oportunidade ainda mais clara: Johnathan tabelou com Cléo e saiu sozinho na grande área. Ele bateu cruzado, Gilberto espalmou e salvou o Crac.

E se o Goiás não conseguia abrir o placar, o Crac deu uma ajudinha. Aos 29 da etapa final, Juninho cruzou na boca do gol, Levi desviou contra de cabeça e tratou de colocar os donos da casa em vantagem: 1×0 Goiás. Nem com esse empurrãozinho o Verde conseguiu o seu tento. O time até que seguiu mandando no jogo, mas pecava nas finalizações e não assustava Gilberto.

Quem se assustou mesmo no final da partida foi o torcedor esmeraldino, que viu, aos 41, João Paulo perder uma chance incrível de empate para o Crac. O zagueiro estava na entrada da pequena área e totalmente livre pegou um rebote, mas pegou muito mal e isolou a bola para longe do goleiro Renan. Sorte do Goiás, que, assim, garantiu a vitória magra por 1 a 0.

FICHA TÉCNICA

GOIÁS 1X0 CRAC

Local: Estádio Hailé Pinheiro, em Goiânia (GO) 
Data: 27/03/2016 
Horário: 10h 
Árbitro: Jefferson Ferreira 
Assistente 1: Cleyton Pereira 
Assistente 2: Christian Passos

Público pagante: 2.430
Público presente: 2.742
Renda: 25.015 reais

Gol: Levi (contra) 29’ 2T (1-0)

Cartões amarelos: Wesley Bigú (Crac)

GOIÁS: Renan; Johnathan (Sueliton), Anderson Salles, Felipe Macedo e Juninho; Ramires, Patrick e Arthur (Thalles); Carlos Eduardo, Cléo (Cassiano) e Rafhael Lucas.  Técnico: Enderson Moreira

CRAC: Gilberto; Maicon, João Paulo, Fábio Silva e Wesley Bigu, Levi (Tremonti), Dê e Léo Franco; Henrique Dias (Carlos André) (Bruno Limão), Dimba e Ademir.  Técnico: Júlio Sérgio