A utilização de remédios tornou-se uma prática indispensável para aumentar a qualidade da expectativa de vida da população. Segundo o Sindicato de Indústrias Farmacêuticas de Goiás, o Estado já é o segundo parque nacional na produção de medicamentos.
Nas últimas duas décadas, o segmento começou a se destacar, principalmente no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA). Cerca de 30 indústrias produzem remédios de marcas similares e genéricos, além de produtos para saúde e médico-hospitalares.
O Presidente do Sindicato, Marçal Henrique, afirma que esta produção já representa em média de 10% do PIB goiano, que atualmente está em torno de R$ 75 bilhões. Somente este ano, foram investidos aproximadamente R$ 500 milhões no segmento.
“Estes investimentos aconteceram em pesquisas, em ampliação de instalações, renovação de máquinas dentro do Parque Industrial. Goiás hoje produz medicamentos genéricos, similares, alguns produtos de marca, e estamos preparando para fabricar produtos de patente única, que em breve, uma indústria goiana estará lançando no mercado esta patente que foi pesquisada e desenvolvida com a planta do cerrado”, explica.
A geração de emprego e renda, além da arrecadação fiscal, são os principais benefícios trazidos pela indústria farmacêutica, que segundo o economista da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG) Cláudio Henrique, deve continuar mantendo o ritmo de crescimento e consolidação.
“Se a gente partir da perspectiva que a população vem aumentando de forma geométrica, necessitando cada vez mais dos recursos naturais do planeta, a gente tem a previsão que o Estado de Goiás, com a capacidade que tem de atração, é de crescimento, de mais indústrias virem para o Estado”, revela.
No entanto, atualmente, 90% dos insumos consumidos pela indústria de medicamentos são importados. De certa forma, há uma dependência do exterior, pelo fato de o Brasil não possuir uma indústria farmoquímica.
Reportagem de Nathália Lima