João Grego explica possível saída da Caixa e alternativas para substituir patrocinadora (Foto: Rosiron Rodrigues/Goiás EC)

 

O Goiás pode perder o patrocínio da Caixa em 2019. Na quarta-feira, o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu que é irregular a prorrogação de vínculos com o banco estatal, situação que pode comprometer a vida de 31 clubes do futebol brasileiro. Sem garantia de que conseguirá novo acordo, a diretoria esmeraldina busca alternativas para que o clube não comece o ano sem patrocinador master.

Desde 2016, o Goiás tem acordo com a Caixa. Nos últimos dois anos, o valor recebido foi de R$ 2,8 milhões, com possibilidade de R$ 1 milhão de aditivo, caso o clube consiga cumprir algumas exigências feitas pelo banco.

Por conta do acesso para a Série A, a diretoria esmeraldina acredita que possa dobrar o valor pago, porém não há tanta certeza que esse vínculo será com a Caixa.

“Nós já antevimos esse cenário, com a mudança de governo. Estamos nos mobilizando. Desde que conseguimos o acesso a Série A, começamos a conversar com alguns patrocinadores e avançamos com alguns. É óbvio que temos de dar prioridade a quem nos apoiou, mas não podemos ficar parados”, disse João Grego, gestor de marketing.

Apesar da decisão do TCU, a Caixa tem otimismo em manter os patrocínios e alega que os contratos não são renovados, pois todo o processo é iniciado do zero, com a entrega de todas as exigências, contra-partidas e potencial de resultado. Por isso, o Goiás ainda não descarta a Caixa em 2019.

“Temos de conversar com a Caixa. Eles nos patrocinaram e tiveram um retorno excelente. Para cada real pago, ela teve um retorno de, pelo menos, nove reais. Se o TCU quiser investigar o patrocínio da Caixa com o Goiás, ele vai ver que o acordo foi bem vantajoso para a instituição”, garantiu Grego.

Neste ano, a renovação com a Caixa só saiu em abril. Mesmo assim, o clube utilizou a marca do banco em sua camisa durante o Campeonato Goiano nos primeiros quatro meses da temporada. Para não correr o risco novamente, João Grego aguarda uma resposta do marketing do banco para que uma reunião possa ser feita para a discussão do novo contrato, que deve girar em torno de R$ 6 milhões.