* Com informações do repórter Rubens Salomão

O BNDES e o Ministério de Minas e Energia não receberam propostas de empresas interessadas na compra da Celg Distribuição (Celg D) e o leilão para a venda da estatal será remarcado. A intenção agora é rediscutir os parâmetros que embasaram o preço mínimo apresentado para o negócio: de R$ 2,8 bilhões.

O governador Marconi Perillo (PSDB) confirma que o preço será reavaliado e que um novo leilão será remarcado, provavelmente para os próximos meses.

Nós já esperávamos isso. Tentamos conseguir que alguma empresa apresentasse seus envelopes. Mas o fato é que o mercado achou que o preço está caro. Nós vamos agora em conjunto com a Eletrobras e o Governo Federal fazer uma nova avaliação e estabelecer um novo cronograma. Nós devemos demorar mais um dois meses e este processo deve ter um desfecho positivo.

Além do preço mínimo pela Celg, as empresas que se interessarem na compra ainda devem desembolsar mais de R$ 5 bilhões para pagar dívidas da companhia, além de realizar investimentos exigidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A expectativa é de que o preço inicial seja reduzido entre 10% e 30%.

Marconi Perillo lamenta o fato de que a demora na venda atrasa o início de investimentos e realização de obras em Goiás.

Claro que eu gostaria de começar investimentos agora antes das chuvas, mas a medida que não é possível, nós vamos trabalhar para que a Celg seja privatizada nos próximos dois ou três meses e nós vamos ter recursos para investimentos a partir do começo do ano que vem.

A nova data para o leilão da Celg e o novo valor mínimo para a venda da empresa ainda serão avaliados pelo governo estadual em conjunto com a Eletrobrás, BNDES e Ministério de Minas e Energia.