Sagres em OFF
Rubens Salomão

Governo Caiado lança carteira própria de obras em 2022, com R$ 1 bilhão do Tesouro

O presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Pedro Henrique Sales, aponta que o governo de Ronaldo Caiado (DEM) iniciará só agora em 2022 a carteira própria de obras pelo estado, depois da recuperação fiscal iniciada em 2019 e o enfrentamento à pandemia nos últimos dois anos. “Nesse ano vai entrar efetivamente a carteira de obras do governo Ronaldo Caiado. Até esse ano estávamos esgotando a carteira do ex-governador”, afirma o auxiliar à Coluna.

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Pedro Sales antecipa que a Goinfra terá orçamento de R$ 1 bilhão para realização das obras, que têm foco no cumprimento de compromisso para deixar todas as rodovias estaduais “em boas condições de trafegabilidade” até o fim deste mandato. Há ainda parcerias da agência com outros setores do governo, como as secretarias de Saúde e Educação, mas a carteira completa de obras a serem lançadas no próximo ano ainda será detalhada, em janeiro.

Foto: Ronaldo Caiado e Pedro Sales vistoriam obra de pavimentação asfáltica. (Crédito: Divulgação)

O presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) comemora a adesão de Goiás ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e aponta que a suspensão de pagamentos das dívidas é o que viabiliza os trabalhos de infraestrutura no ano novo. “Na verdade, só é viável ter uma carteira de obras para 2022 porque existe o RRF. Sem ele, não seria possível provisionar recursos para fazer frente às despesas de uma carteira de obras porque esses recursos estariam sendo usados para pagar  os serviços da dívida que havia antes, né? Com bancos públicos e os empréstimos que o ex-governador fez”, afirma.

Agora vai?

Pedro Sales antecipa obras a serem realizadas dentro da nova carteira, em 2022, e cita a rodovia GO-454, estrada do Cocalinho, em corredor que liga a GO-164 ao Estado do Mato Grosso. Além da duplicação de Rio Verde até Montividiu e da ligação de Nova Fátima a Aragoiânia.

Foto: Caiado intensifica entregas e lança obras, de olho na reeleição em 2022. (Crédito: Divulgação)

Reta final

Além das obras para 2022, Ronaldo Caiado (DEM) intensificou a entrega de programas sociais nesta última semana de 2021. A agenda inclui visitas a até quatro municípios por dia para entregar cartões do programa “Mães de Goiás”.

Mobilização

As entregas também servem para mobilizar a estrutura da base aliada ao governo na região de cada município, com prefeitos e lideranças políticas. Nos últimos dois dias, Caiado foi a Novo Gama, Caldas Novas, Catalão, Itumbiara, Rio Verde, Jataí e Mineiros. Outras cinco cidades serão visitadas até esta sexta-feira (31).

Convocação

O deputado federal Elias Vaz (PSB) vai pedir a convocação do ministro da Defesa, Braga Netto, para explicar a pauta da compra de picanha e filé mignon com verba da Covid-19. Ainda não há data definida para a apresentação do requerimento, o que deve ocorrer depois do recesso na Câmara dos Deputados.

Foto: Ministro Braga Netto quando avaliava, no Palácio do Planalto, os 500 dias de governo. (Crédito: Divulgação)

Apuração

A denúncia inicial do deputado goiano, feita ainda em fevereiro deste ano, aponta, junto com outros deputados do PSB, registros de compras que representariam “ostentação” e “superfaturamento” das Forças Armadas.

Pedido

O líder do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes, pediu nesta quarta-feira (29) que o Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal investigue o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, por ter autorizado que a pasta gastasse verba de combate à Covid-19 para comprar filé mignon e picanha.

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Foto: Ex-juiz e pré-candidato a presidente da República, Sérgio Moro. (Crédito: Divulgação)

Explique!

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que o escritório Alvares & Marsal revele o quanto que foi pago ao ex-ministro da Justiça e ex-juiz federal Sérgio Moro (Podemos) depois que ele deixou a empresa para ser pré-candidato à Presidência da República. O político nega a acusação e diz que não enriqueceu no setor público e nem no setor privado. A determinação é do ministro Bruno Dantas, que acolheu um dos pedidos do Ministério Público Federal.

Justificativa

O MPF solicitou a investigação por causa das decisões judiciais que foram tomadas pelo ex-juiz frente aos acordos de leniência da Odebrecht, que era uma das empresas alvo da Lava-Jato, e que é representada pela Alvares & Marsal nestes acordos. Além do despacho, o ministro Dantas ainda determinou que seja feito um levantamento de todos os processos de recuperação judicial em que a empresa atuou desde o período da operação.

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