O governo de Goiás apresentou hoje um comparativo da situação da Celg no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o balanço, a estatal teve aumento de 3,58% na arrecadação, ou seja, de R$ 1,6 bilhão em 2010, para R$ 1,7 bilhão em 2011. Isso representa um crescimento R$ 60 milhões.
Outro dado destacado foi a redução no montante de empréstimos bancários, que caiu de R$ 137 milhões em 2010 para R$ 20 milhões nos primeiros seis meses deste ano. O governador Marconi Perillo comentou os avanços que ocorreram na companhia.
“Nós tivemos avanços significativos na Celg, graças ao esforço da diretoria e dos servidores em relação à diminuição de dívidas com o setor bancário. Internamente, a Celg está fazendo o seu dever de casa com uma gestão eficiente, racional e tecnicamente competente”, esclarece.
Quanto às soluções de longo prazo, o governador também falou sobre as dívidas que a Celg possui junto ao setor elétrico. “Imaginamos ter condição de buscar a adimplência junto ao sistema Eletrobrás e darmos uma solução definitiva para a empresa”. O governador se referiu à proposta de pagamento que a diretoria da Celg ofereceu através do banco Credit Suisse.
Fornecedores
Em relação ao pagamento de fornecedores, o governo comemorou, já que a empresa conseguiu reduzir o tempo de 300 para até 24 dias. Os dados são uma comparação do primeiro semestre de 2010 com o igual período deste ano.
Além disso, segundo destacou o governador, a Celg aumentou 17% o fornecimento de energia. O presidente da empresa, José Eliton relatou que o dever de casa de recuperar a empresa está sendo bem realizado.
“Conseguimos um avanço substancial de fazer com que a Celg retome, ainda que de forme incipiente, a capacidade de investimentos para garantir à sociedade goiana um serviço de fornecimento de alta qualidade”, afirma.
Apagão
Quanto ao risco de apagão o vice-governador de Goiás disse que é uma hipótese descartada.
“Os primeiros investimentos da Celg tiveram por objetivo e por fim, afastar o risco de apagão no setor elétrico na área de concessão da Celg. Estamos buscando em âmbito interno, equalizar os grandes desafios que temos com o fluxo de caixa, de modo a ser compatível com as despesas da empresa”, avalia.
Quanto ao processo de caducidade da empresa, José Eliton disse que não existe nada aberto pela Aneel. Segundo ele a empresa foi notificada a encaminhar o plano de reestruturação.
“O que houve foi uma notificação rotineira da empresa para que nós apresentássemos formalmente o plano de reestruturação da empresa. Esperamos ser tratados de forma respeitosa”, conclui.