Foto: Rubens Salomão/Portal 730

Na manhã desta terça-feira (27), foi realizado na Rádio 730 um debate para discutir um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa do aumento de taxas de serviços de defesa agropecuária em Goiás sobre animais e vegetais. A elevação de taxas proposta pelo projeto chega, em alguns casos, a até 200%. O Secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação de Goiás (Seagro), Antônio Flávio Camilo de Lima, disse que ao se reunir com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e demais entidades demonstra o interesse do governo em conversar com o setor privado e produtivo para de forma conjunta chegar a valores compatíveis com a necessidade do Estado e nas condições dos agricultores.

Ouça o debate na íntegra: {mp3}Taxas_Agrodefesa{/mp3}

De acordo com o secretário essas taxas não sofrem nenhum tipo de aumento desde 2003. “Existe uma defasagem grande, uma vez que o serviço foi ampliado e melhorado nesse período de dez anos praticamente. Faz-se necessário incorporar outras taxas principalmente do setor agrícola nesse processo para que a Agrodefesa possa fazer face aos trabalhos que estão sendo desenvolvidos”, explicou. Antônio Lima ressalta que as taxas existem para fazer fácil um serviço prestado.

O presidente da Faeg e coordenador da reunião de consenso, José Mário Schreiner declara que o ano passado essa matéria já foi colocada na pauta da Assembleia Legislativa e por uma ação nossa do setor produtivo da Faeg propriamente dito o governo retirou a matéria da pauta no final do ano passado. “A situação é que ficar dez anos paralisados e vim de uma vez só incluindo novos programas realmente isso cria uma dificuldade. E o problema maior é que normalmente vem às taxações na frente, não vem um programa de incentivo para a produção, pesquisa ou assistência técnica. Esse talvez seja o questionamento”, salientou.

“Vem na contramão simplesmente a cobrança de taxas o que se onera bastante o setor produtivo rural e qualquer outro setor que faz com que muitas vezes tenha reações adversas haja vista que o produtor e empresário rural não têm como repassar custos ele é tomador de preços”, esclareceu. Schreiner explicou que é extremamente necessário o diálogo com o governo para achar o caminho que satisfaça em parte o trabalho e consiga suprir o trabalho da Agrodefesa e por outro lado um caminho que não onere demasiadamente o setor produtivo rural.

A Faeg conseguiu o compromisso do líder do governo na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, deputado Hélio de Souza (DEM) de prorrogar a votação do Projeto de Lei que trata do aumento das taxas de defesa agropecuária no estado e entraria em plenário nesta terça-feira (27). Agora, ele deve ser apreciado somente no dia 4 do próximo mês.