O Estado de Goiás fechou o ano de 2017 com déficit orçamentário de R$ 500 milhões e aumento de receitas de 11,7%. Os números constam no balanço fiscal divulgado pelo governo. Foram R$ 24,2 bilhões de despesas ante R$ 23,7 bilhões de receita no ano passado. O déficit ocorre, apesar do crescimento da receita em relação a 2016 de R$ 2,5 bilhões e um superávit primário de R$ 740 milhões.
O resultado primário, que é a comparação entre receitas e empenhos, surpreendeu, já que o governo revisou, no fim de 2017, a meta do orçamento, prevendo déficit primário de R$ 506 milhões. A medida, segundo o governador Marconi, foi uma “prevenção” para não romper a meta.
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Já o déficit orçamentário, segundo os dados apresentados, é menor que o de 2016, ano em que o Estado fechou no vermelho em R$ 540 milhões. O exercício com maior déficit foi 2015, quando Goiás terminou com R$ 1,890 bilhão negativo de resultado orçamentário. Agora, o rombo foi de R$ 500 milhões.
O secretário da Fazenda, João Furtado Neto, afirmou à Rádio 730 que a intenção é fechar 2018 com equilíbrio orçamentário, sem déficit nem superávit.
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O relatório apresentado pelo governo mostra que o valor aplicado em investimentos em 2017 foi de R$ 1,61 bilhão, número 41% superior ao do ano anterior, quando foram investidos R$ 940 milhões,. Já na comparação com o 2014, o resultado do ano passado é de redução em 36%, já que, naquele ano, o valor investido foi de R$ 2,53 bilhões. O governador aponta que o número deverá ser atualizado com despesas que são registradas como de custeio, mas que, mesmo assim, está abaixo dos R$ 6,1 bilhões apresentados como meta do programa Goiás na Frente.
Marconi Perillo ainda apresentou a evolução do rombo previdenciário. O déficit que era de R$ 1,760 bilhão no fechamento de 2016 saltou para R$ 2,090 bilhões no ano passado. Segundo ele, a solução depende da aprovação, em Brasília, da Reforma da Previdência.
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O governador ainda abordou, sem dar detalhes, as mudanças que deverão ser realizadas na equipe nas próximas semanas por conta da alteração no comando do governo, com a posse do vice-governador e pré-candidato, José Eliton (PSDB), em abril.
Já o vice-governador preferiu não comentar. Confira.
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Do repórter Rubens Salomão