O Governador Marconi Perillo (PSDB) deu início ao cumprimento do acordo feito com o governo federal na última terça-feira (22) e já realiza medidas para contenção de gastos no estado. Nesta sexta-feira (25) anunciou o veto ao projeto de lei que visa ao aumento de salário dos servidores do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), além do auxílio alimentação e creche, que foi aprovado por unanimidade pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). O governador afirma que a medida se deve à crise vivida no Estado e em todo o país.

“Esta decisão está sendo tomada não apenas em relação ao TCM, mas já foi tomada desde o início do ano em relação à data-base, considerando a profundidade da crise, a maior já vivida pelo Brasil desde o início da República. São dois anos de recessão, uma crise profunda. Nós chegaremos a quase 8% de perda de PIB negativo nesse período e não há a possibilidade de se admitir aumentos salariais em um momento de crise”, pontua.

O governador ressalto ainda que avisou tanto ao Tribunal de Contas do Estado quanto dos Municípios que vetaria o projeto em caso de aprovação, e fez um balanço da atual situação econômica de Goiás, e comparou com a de outras regiões do país.

“Alguns governadores não estão conseguindo sequer pagar o salário dos aposentados. Mais de dez governos estaduais já prorrogaram o pagamento dos funcionários para o dia 10, 20 ou 30 do mês seguinte, e muitos não estão conseguindo pagar os salários nem assim. Aqui em Goiás caminhamos para pagar a penúltima parcela do 13º. Nossos salários estão em dia graças a ajustes fortíssimos que foram feitos no ano passado, em 2014 e ajustes que ainda serão feitos para que nós possamos ter condições de enfrentar a crise”, destaca Perillo.

Além dos ajustes, Marconi lembrou que as reformas no Estado deverão continuar para evitar um colapso financeiro, e para que sobrem recursos para futuros investimentos. “É um momento de muita prudência e reflexão de todos, porque o governo precisa trabalhar para o conjunto da sociedade goiana. É preciso sobrar dinheiro para investir em outras coisas, e não só no pagamento de folha”, pondera.

Além do fator crise, Marconi Perillo destacou a situação da Previdência Social que, segundo ele, contribui fortemente com os gastos, em razão do aumento da expectativa de vida dos brasileiros nos últimos anos.

Em números, Perillo falou sobre o déficit das contas pública que, só neste ano, alcançaram R$ 170 milhões, e que até o final de 2016 o Estado de Goiás deve receber cerca de R$ 330 milhões referentes a recursos de repatriação e ao Ferpes.

Com informações da repórter Juliana Gomes