Em entrevista à Rádio 730, a diretora-presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), Rosana Borges, afirma que a partir de segunda-feira (18) as atividades docentes de graduação, pós-graduação e demais atividades da UFG serão paralisadas por tempo indeterminado.

De acordo com a professora, há uma pauta de negociação com o Governo Federal que inclui plano de reestruturação de carreira e recomposição salarial. Segundo ela, a União é unilateral na forma de calculo de adicionais e prejudicou todos os funcionários públicos brasileiros. Além dos professores federais, Rosana diz que a pauta inclui professores do ensino básico, tecnológico e técnico, presentes nos colégios de aplicação, universidades e institutos federais para que possam ter direito de progredir na carreira por titulação.

Sobre a demora da UFG para aderir à greve, Borges explica que o Governo negociava com as entidades quando a greve foi indicada pelo sindicato nacional no dia 17 de maio, mas a mesa de negociação deveria terminar no dia 31 do mesmo mês, com isso, as entidades ligadas à federação entenderam que deveriam esperar o fim do prazo para avaliar a situação. Porém, no dia 28 de maio o Governo Federal suspendeu a negociação, e, seguida, a federação entrou em greve.

Sobre a confusão ocorrida na última Assembleia, a professora afirma que o palco foi tomada por pessoas que não são filiados ao sindicato. Rosana revela que a direção da UFG foi procurada por um grupo de professores e há disposição para conversas porque o objetivo é unificar o movimento, uma assembleia conjunta foi convocada para dia 21.

Apesar da orientação ser para que a paralisação seja de 100%, a presidente relata que adesão nunca é total, nesse sentido, o trabalho é de convencimento porque ainda há resistência de alguns docentes. “A gente espera que os colegas entendam a importância desse movimento. Vamos conversar e tentar convencer”.

Terça-feira (19) o Governo apresentará uma proposta de restruturação de carreira e recomposição salarial aproveitando tudo que já havia sido discutido com intenção de fechar até o dia 2 de julho. “Se esse calendário foi realmente cumprido pelo governo, e se a proposta apresentada estiver de acordo com o plano de carreira a greve será mais curta”.

Em relação ao Hospital das Clínicas Rosana afirma que ele não para, assim como o Centro de Línguas da UFG, houve pedido para que não haja paralisação.