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A Santa Casa de Misericórdia de Anápolis emitiu um comunicado oficial em que confirma a suspensão dos atendimentos de urgência e emergência a partir de meia-noite desta terça-feira. A justificativa é a falta de repasses do Governo de Goiás. A situação, porém, gerou uma contradição entre os discursos da unidade e do Estado, que alega não existir vínculo da administração pública com a instituição.
O deputado estadual Antônio Gomide (PT) acompanha a situação e conta que, sem convênio assinado desde o fim de 2018, o hospital funciona há quase cinco meses sem verba do governo estadual. “O pronto-socorro da Santa Casa é uma porta aberta para a população mais pobre, nós temos hoje, mais de 350 atendimentos médicos e os atendimentos de enfermagem” afirmou. “Então à medida que não tem a condição do governo repassar e não reconhece, porque não tem contrato, não reconhece o pagamento para trás, é impossível manter aberto”.
Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) alegou que não é verdadeira a informação de que a suspensão dos atendimentos seja causada pela falta de repasses estaduais, já que desde janeiro não há convênio vigente. A pasta também afirma que trabalha para assinar, nos próximos dias, um novo acordo com a Santa Casa de Anápolis e destinar as verbas do estado.
O acordo é costurado pelo deputado Amilton Filho (SD), que detalhou a situação em entrevista à Sagres. Segundo ele, os pagamentos referentes aos primeiros cinco meses de 2019 deverão ser buscados pelo hospital na Justiça. “Inicialmente, o convênio da agora por diante, e os meses de janeiro a abril, a Santa Casa vai fazer um processo de comprovação que o serviço realizado e depois de um processo jurídico, a análise do retroativo”.