A revitalização do Eixo-Anhanguera está prevista para ter início já no começo de maio. Inicialmente, os terminais serão reformados, e 90 novos ônibus serão adquiridos. Entretanto, as obras tem gerado um impasse com relação aos permissionários, ambulantes que trabalham não só na linha, mas em todos os outros terminais da região metropolitana de Goiânia.

Os trabalhadores acreditam que a permanência deles nos terminais está ameaçada por conta da reforma, mas o presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), José Carlos Xavier, o “Grafite”, acredita em uma solução para o problema.

“Cada caso é um caso. Há terminais em que você tem uma área mais disponível, que pode ser desenvolvida mediante um projeto, e aqui algumas associações apresentaram a ideia de que o Sebrae poderia contribuir no desenvolvimento desses projetos. Eu acredito que um projeto bem pensado, que não viole a funcionalidade desses terminais pode ser implantado, agora a gente tem que ver que projetos são esses”, disse Grafite, em entrevista ao repórter da Rádio 730, Frederico Jotabê. Ele ressaltou que a prioridade no momento é a remodelação de todos os terminais.

“Eu acredito que o tem que ser assegurado em um projeto de modernização dos terminais, de reforma, ou de reconstrução dos terminais, alguns serão totalmente reconstruídos, em primeiro lugar é a funcionalidade desses terminais. A funcionalidade para os usuários se deslocarem de um ônibus a outro com segurança, com limpeza adequada, com iluminação adequada, com espaço adequado para esse deslocamento, tudo isso tem que ser garantido”, reforçou o presidente da CMTC.

Projetos futuros

Segundo José Carlos Xavier, a modernização e extensão do Eixo-Anhanguera é o projeto imediato de uma transformação no transporte coletivo da capital. Estão previstos também, futuramente, a instalação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) para o Eixo-Anhanguera, e o Bus Rapid Transit (BRT) para o eixo Norte-Sul, que ainda será criado. “

“Em perspectiva o governo tem colocado a construção de um VLT para o Eixo Anhanguera. O VLT colocado pelo governo do estado, e o BRT, no Eixo Norte-Sul, que é um ônibus de corredor exclusivo com qualidade, proposto pelo prefeito Paulo Garcia, são projetos complementares, não são projetos excludentes”, comentou Grafite.

“O projeto do VLT é colocado em perspectiva e muito bem vinda  pela prefeitura e pela CMTC. Acho que são projetos adequados, o BRT é adequado para o corredor Eixo Norte-Sul, vai dar conta de uma demanda de 80, 100 mil passageiros por dia, e o Eixo Anhanguera com um veículo de maior capacidade no futuro, que possa suportar os 200 mil usuários que já transporta hoje”, complementou.