Quatro especialidades médicas continuam com atendimento suspenso aos usuários do Ipasgo.

 

Cirurgiões gerais do aparelho digestivo, cirurgiões, oncológicos, cirurgiões de cabeça e pescoço, e cirurgiões cardiovasculares e angiologistas.

Alguns profissionais mantêm a paralisação desde o ano passado, atendendo apenas casos de urgência e emergência. 

Segundo o secretário de assuntos jurídicos do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás, Júlio Resplande, os médicos reivindicam a adoção da classificação brasileira hierarquizada de procedimentos médicos revisada e atualizada.

“Esta é a tabela recomendada pela Associação Médica Brasileira, e o Ipasgo não utiliza essa tabela. A tabela do Ipasgo é de 1992. Um procedimento hoje na tabela do Ipasgo custa x, e na tabela atual pode custar de 3 a 4x dependendo de cada especialidade”, explica.

Ele afirmou que há uma defasagem muito grande da tabela utilizada pelo Ipasgo com a tabela mais justa e recente. Nívea Carvalho, funcionária pública, foi afetada diretamente pela paralisação.

Ela explica que precisa passar por um procedimento cirúrgico, mas tem dificuldades até para marcar consultas.

“Desde fevereiro eu estou fazendo exames e tenho que fazer uma cirurgia de refluxo e não posso fazer porque os médicos cirurgiões estão em greve”, reclama.

Segundo o diretor de assistência ao servidor do Ipasgo, Múcio Bonifácio, a negociação com cirurgiões está em andamento, mas o instituto só deve realizar os reajustes a partir de setembro.

“Nesta negociação tivemos a intermediação do Ministério Público. A partir do mês de setembro nós abriríamos os estudos para medir os impactos financeiros, e assim dar a categoria o atendimento da sua principal reivindicação, de modo que nossa parte o diálogo permanece”, declara.