Policiais Civis em greve podem recuar em alguns pontos desejados pela categoria para tentar reabrir o canal de negociação com o governo do estado. Os policiais reclamam que a atual administração estadual não está cumprindo acordo firmado na última greve. O presidente da União Goiana dos Policiais Civis (UGOPOCI), Ademar Luiz de Oliveira, relata que pretende apresentar ao governo uma proposta. Ele destaca que se trata de um pedido feito pela diretora geral da Polícia Civil, Adriana Accorsi.
”A gente está apelando pela sensibilidade do governo para que talvez uma mudança novamente na proposta possa trazer o fim dessa greve. A Drª. Adriana pediu que a gente apresentasse uma outra proposta e nós vamos voltar a original e vamos deixar de lado a discussão da reestruturação com classe inicial que gerava uma melhoria mesmo não mexendo em um real no piso. Queremos a reestruturação imediata e a fixação do piso, já foi discutido isso com o governo, se ele aceitar a gente entra em outra etapa”, explicou o presidente.
Quanto à paralização de 24 horas, ou seja, que começou às oito da manhã desta segunda e vai até às oito da manhã desta terça-feira, Ademar Oliveira, aponta que uma mudança em relação às paralisações anteriores foi quanto aos trabalhos prestados pelo IML.
“Nas delegacias por parte do agente escrivão vai estar tudo paralisado não há de se fazer nada, claro que o delegado pode fazer os procedimentos porque ele não está em greve. Em relação ao IML nós queremos colocar para a categoria alguma mudança das 24 horas, principalmente da retirada de corpos na rua. O IML tem uma característica diferente de fazer a greve porque não tem como obedecer só 30% das atividades como nas delegacias. Não tem como de dez corpos na rua recolher só três, então você tem que fazer 100% do serviço”, declarou Ademar.
No final da semana passada, representantes do Conselho Estadual de Políticas Salariais e Relações Sindicais (Consind), realizaram reunião para tratar da questão da greve da Polícia Civil. Ficou acertado que o governo ainda mantém a posição de promover o corte de pontos dos servidores que mantiverem a paralisação. Adotar medidas visando a remoção de corpos e a realização das perícias necessárias e manter aberto o diálogo, dando continuidade às negociações, buscando as melhores soluções para o contínuo aperfeiçoamento das atividades dos policiais civis e demais categorias.
Com informações do repórter Samuel Straioto.