Se o Goiás contratou quatro jogadores estrangeiros para esta temporada, o rival Vila Nova não ficou atrás e também movimentou o mercado internacional. O elenco colorado atualmente conta com três gringos e nesta tarde, no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, dois foram apresentados: o meia-atacante argentino Emanuel Biancucchi, de 31 anos, e o atacante paraguaio Richard Salinas, de 24.

A dupla foi regularizada hoje no Boletim Informativo Diário da CBF e estão à disposição do treinador Ariel Mamede. Nesta sexta-feira (21), o Vila Nova enfrenta o Grêmio Anápolis pela 7ª rodada do Campeonato Goiano no estádio Jonas Duarte, em Anápolis, às 20h30. Outro estrangeiro contratado, o lateral-direito paraguaio Ramón Coronel, que já jogou com Salinas em três clubes no Paraguai, ainda não foi inscrito.

Biancucchi, que atuou no Brasil por Bahia, Vasco da Gama e Ceará, é lembrado pela associação com Lionel Messi. O meia-atacante explicou que “o meu parentesco com Messi é que somos primos-irmãos, minha mãe é irmã da mãe dele. Crescemos e sempre estivemos juntos, ele é um ano mais velho que eu. No mais, sou canhoto como ele, mas só isso (risos). Trabalho para que falem o meu nome e não ‘primo do Messi’, mas tenho muito orgulho em ser primo dele. É o maior do mundo e pode ser o maior da história”.

Aos 31 anos, o argentino espera recuperar a sua carreira após passar a última temporada em branco. O meia destacou que “vim aqui para fazer história, senão ficaria na Argentina e não jogaria mais futebol. Se estou aqui, é porque tenho muito orgulho em vestir a camisa do Vila Nova. Sei da tradição do clube, da grande torcida que tem, então tenho muita fé em ficar na história do clube e conseguir títulos”.

Emanuel Biancuchi e Richard Salinas (Foto: Nathalia Freitas)

Questionado sobre não ter jogado em 2019, Emanuel ressaltou que “no Newell’s não joguei, mas isso tem que perguntar para o treinador. Fiquei durante o ano todo treinando e jogando no time reserva, não machuquei e treinei direito. O treinador que não me colocou e atrapalhou muito ficar sem jogar profissionalmente. No ano de 2018, estive no Peru, no Melgar, onde fui campeão com o time e fiz uma temporada muito boa”.

Sobre a sua condição física, o meia frisou que “não sei se suporto os 90 minutos, porque ainda não joguei este ano. Os meus companheiros vêm jogando desde o início do ano e creio que estão bem melhor do que eu na parte física. Mas a decisão é do treinador, estou à disposição e jogarei os minutos que tiver que jogar”.

Mais comedido com suas palavras, Salinas, inclusive, foi auxiliado por Biancucchi durante a coletiva de imprensa. O atacante, que durante sua carreira atuou por Sportivo Trinidense, Olimpia e Sportivo Luqueño, todos do Paraguai, destacou a “grande honra em estar aqui no Vila Nova. Como paraguaio, estou muito contente em vir para o Brasil, é um orgulho e tentarei dar o melhor para poder jogar. Desde que cheguei, me sinto muito confortável e gostei do ambiente daqui, então vou desfrutar e trabalhar para dar o meu melhor”.

Principal rival do Vila Nova, o Goiás enfrenta um clube paraguaio na Copa Sul-Americana, o Sol de América. Depois de perder fora de casa, o time esmeraldino decide seu futuro na competição na próxima terça-feira (25). Sobre para quem iria torcer, Salinas afirmou que “sabemos da rivalidade que há entre os clubes e nessas partidas nos resta dar os melhor para a equipe e o clube. Sobre o Sol de América e a partida contra o Goiás, como todo paraguaio, que ganhe o Sol de América (risos)”.