Se a situação anda terrível dentro de campo, fora de campo os problemas tendem a ficar escancarados e a oposição cresce pra cima da situação. No caso do Vila, a oposição não se mostra tão opositora assim. O conselheiro Gutemberg Veronez, o Guto, é um exemplo disso e demonstrou que o objetivo principal é curar o Vila das feridas. O conselheiro quer uma organização maior e destacou que pra isso, tentou convencer o ex-presidente Joás Abrantes, da situação, a voltar ao cargo.

“Eu, como vilanovense, tentei sim. Falei pro Joás, que no momento tirou uma licença, mas que pode retornar ao Vila agora e articular uma união de todos os vilanovenses possíveis. Se isso não for possível, tem que tentar, e se não der, tem que pedir o boné, sei lá. Eu acho que esse pessoal tem que ficar até 2015, volto a frisar isso, foram legitimados pelo Conselho, foram 92 presentes, 72 votos a favor, só que destes, nem 10 frequentam as reuniões, e isso está errado. Falei pro Joás retornar pelo bem do Vila”

Joás pediu uma licença do cargo em Março, logo após o rebaixamento do clube para a Divisão de Acesso do Goianão, mas esteve no CT do clube nesta segunda-feira e teve longa conversa com Guto. O conselheiro também explicou o motivo de não ter assinado um abaixo-assinado feito por outros conselheiros, que pedem a demissão de Roni, diretor de futebol. Para Guto, não é momento de sair fora, e sim de assumir certas responsabilidades.

“Eu acredito que é um momento totalmente inoportuno pra fazer um abaixo assinado como esse. Se me garantissem que o Roni saindo do clube iria resolver o problema do Vila, eu tenho certeza que até ele assinaria a rescisão e sairia. Acho que isso também não é função do Conselho, isso é função do executivo, isso tá bem claro no Estatuto. O Roni é o responsável pelo futebol e tinha que ter a responsabilidade até o fim, e acho que terá”

Outros conselheiros influentes como Guto também não assinaram tal documento, enquanto outros que pouco influentes, ligados ao atual presidente executivo, Rodrigo Nogueira, foram os organizadores. Guto cutucou e pediu que conselheiros que mal comparecem às reuniões não deveriam ter voz. Segundo Gutemberg, cerca de 75% dos conselheiros não tem boa regularidade, e por isso, o momento é tomar alguma decisão radical.

“Se ele não frequentar, beleza, ele não tem direito a voto, isso é simples. O Vila precisa se enriquecer com ideias, com pessoas que querem contribuir. Agora, você vir aqui só uma vez a cada dois anos para votar por amizade e não sabe nem citar cinco jogadores do Vila e quem é o técnico, como tá a estrutura… é por isso que estamos fadados ao fracasso. Temos que ter uma chacoalhada, o momento é agora”