A semana é de decisão para o Vila, mas não tem nada a ver com as quatro linhas em si. A grande final que o clube passará é quanto a definição do presidente executivo para a próxima temporada, no pleito que acontece na próxima quinta-feira, às 19h30, no Onésio Brasileiro Alvarenga. O nome que surge com força maior é do conselheiro Gutemberg Veronez, que cada vez mais tem a adesão dos vilanovenses, que tem tudo planejado para comandar o Vila, pelo menos na teoria.

Guto foi convidado do programa Hora do Esporte, da 730, na manhã desta segunda-feira e destacou, entre outras situações, o gasto que pretende ter no clube durante a temporada 2015, as fontes de receita que o time tem condições de conseguir e também sobre o mais importante: o futebol colorado. Para tomar conta desse lado, ele já tem o diretor de futebol definido, caso seja eleito na quinta-feira.

“Nós vamos trabalhar no futebol com uma gestão de três pessoas porque é muito trabalho, o Vila é muito grande, mas o meu diretor de futebol é o Hugo Jorge Bravo. Eu conversei com ele e disse que, vindo para o profissional, não tem como ficar na base, seria incoerente, o foco é o profissional. Nós ainda vamos sentar e ver quem é melhor para coordenar a base, isso a gente ainda não definiu, até porque vamos ter um campeonato em Janeiro que o Hugo fez o trabalho”

Custo do clube

“Dentro do planejado, o custo anual estimado do Vila Nova é R$3.525,500, o que dá uma média de R$293.791,66 por mês, isso no âmbito administrativo, profissional e as categorias de base. Na Série B do Goiano, nós vamos montar um time para ser campeão, vai ser um time de R$150 mil, inclusive vi uma entrevista do Wladimir, não conversei com ele ainda, mas ele passou esse orçamento, tendo em vista que outros times trabalhar com R$70 mil”

“Nós tivemos uma folha agora de quase R$300 mil que os jogadores não tiveram a qualidade necessária. Tem que trazer jogadores que vão agregar, que vao buscar fazer um bom trabalho e também usar a base, porque temos grandes valores. Temos o Arthur, temos o Léo, o Hugo, o Matheus Anderson, temos uma base que não pode ser desconsiderada. Na Série C, nossa folha deve chegar próximo a isso também”

Arrecadação e aplicação

“É óbvio que vamos ter uma adesão da torcida ao Sócio Torcedor como nas bilheterias, porque é nesse momento difícil que a torcida do Vila se faz presente, como foi na Série C. No ano passado, arrecadamos R$2,4 milhões bruto, e com menos jogos, e nesse ano arrecadamos R$1,4 milhão bruto, R$1 milhão a menos e com mais jogos. Nós temos um planejamento muito bem feito, eu não vou dar um passo maior que a perna”

“Nós contratamos 55 jogadores esse ano. O povo fala que o Vila é o time mais rico do Brasil, porque usaram 77 jogadores, são sete times, seis técnicos, e tudo isso custa para o clube. Teve jogador que treinou uma semana, com contrato de um ano, e foi mandado embora. A conta ficou pra quem pagar? Pro Vila. Nós temos que ter responsabilidade, nosso time vai ser competitivo, vai ser campeão, vão ter nomes que os torcedores vão gostar”

GutoVila2 TMRizzo fora

“Até pelo que não tem sido feito, não tem condição de continuar com o diretor de patrimônio que está hoje, infelizmente se falou muito e se fez pouco. O Geso (Oliveira) é o meu diretor de patrimônio. Muito se fala do Geso daquela questão do suco e não sei o que, mas isso já foi provado internamente que ele não tem nada a ver com aquilo, foi uma armação, e não se vê o que ele realmente faz. Hoje eu colocaria o Geso como diretor, por tudo que ele já fez pelo clube”

Casa cheia

“Existe a expectativa também da inauguração do Estádio Olímpico, que cabe 12 mil pessoas. O time que a gente vai fazer, eu confesso, vou ter que jogar no Olímpico, porque não vai caber no OBA, a torcida vai comparecer em massa, eu acredito nisso. Aí tem que ver como a Federação montará o calendário dos jogos, porque sem dúvida nenhuma, vai ser uma sensação”

Estilo verdadeiro

“Muita gente fala que eu sou meio polêmico, mas não é, eu sou é muito franco. Então, às vezes, a franqueza machuca as pessoas, tem pessoas que querem ouvir aquilo que a gente quer falar, e eu falo realmente o que precisa ser dito. No Vila tem que haver mudanças nessa questão da vaidade, fala-se muito em união e eu peço agora uma oportunidade pro clube ter isso, o presidente executivo unir com o presidente do Conselho. Eu e o Barros não somos inimigos, são só ideias diferentes”