Em entrevista à reportagem da Rádio 730, o presidente do conselho deliberativo do Goiás, Hailé Pinheiro, comemorou a vitória esmeraldina por 2 x 0 sobre o Atlético Paranaense na segunda rodada da Série 2015.
O dirigente comentou a situação passada pelo Goiás no último sábado, quando o clube teve de cumprir punição por brigas entre torcedores no jogo contra o Figueirense, no Brasileirão 2014, e jogou com portões fechados. “Foi uma punição esdrúxula de fechar estádio. Que culpa tem o Goiás para ter o estádio fechado? Nós não fizemos nada. A segurança é com a policia. Eles tem que prender os malandros, os arruaceiros, e deixar o público comparecer. Enfrentamos muitas dificuldades hoje, mas vencemos todas. Acredito que se tivesse público, teríamos a chance de fazer uma grande goleada”. O dirigente também brincou sobre a ausência de torcedores. “Eu achei muito bom. Foi a primeira vez que eu não fui xingado”.
Hailé valorizou a atuação do atacante Bruno Henrique, grande destaque do confronto de sábado ao marcar dois gols. “É mais uma resposta nossa. Todas as críticas feitas serão respondidas. É assim que a gente faz: pegamos um jogador desconhecido, que veio do Itumbiara, e apostamos nele. Tudo no Goiás é feito com muita consciência. Os pessimistas, mais uma vez, vão ficar derrotados”.
O dirigente não escondeu que sente saudades do atacante Walter, que foi ídolo esmeraldino e agora está defendendo o Atlético Paranaense. “Demais. Ele é um tremendo craque, muito querido entre nós. O problema é que o Walter não manda nele próprio. É o empresário que manda. Cada hora o empresário quer uma jogada diferente, tenta algo diferente. Nós fizemos o certo, lutamos muito para trazer ele. O Walter sabe disso”.
Hailé também falou da situação administrativa do Verdão. “É um time modesto, barato, que estamos dando conta de pagar. É melhor estar assim, ser pé no chão, do que ficar devendo 7 meses de direitos de imagem para os jogadores, igual o Corinthians, por exemplo. Administrar bem é fazer uma gestão segura, sem jogar para a torcida. Sentiria vergonha se fosse presidente do Corinthians e tivesse devendo 7 meses aos jogadores. Nem comparecia aos jogos”.
Questionado se as críticas dos torcedores tem sido exageradas, o presidente do Conselho relativizou. “Torcida é assim mesmo. Mas acho que vocês da imprensa tão sendo muito rigorosos com a gente. Nós estamos chegando lá, como sempre chegamos, devagarzinho. Tem muito boçal falando que o Goiás não foi convincente ainda, e nós seguimos ganhando. Isso que é bom. Nós vamos ganhar, vamos perder. Isso faz parte do futebol”.