Campeão goiano com ressalvas pelo futebol apresentado na grande final. Eliminado na primeira fase da Copa do Brasil para o River-PI. E, por fim, 13º colocado com 50 pontos conquistados – ao todo, 13 de diferença para o principal objetivo que era conquistar o acesso. O ano do Goiás, no futebol, não foi um dos melhores da história, mas se você questionar ao presidente do Conselho Deliberativo do clube, Hailé Pinheiro, qual o ponto certo da equipe esmeraldina, ele não irá hesitar em afirmar que a contratação do atacante Walter foi o grande destaque do Alviverde em 2016.
“Todos nós sabemos que os jogadores não foram bem na atual temporada. O Léo Lima e Daniel Carvalho, por exemplo, foram dois desastres. No entanto, tivemos a sorte de encontrar o Walter e Léo Gamalho, sem eles poderíamos estar em uma situação bem pior. Foram investimentos grandes. No caso do Walter, penso que tenha sido a única coisa certa que conseguimos fazer”, declarou o dirigente.
Walter foi contratado na janela do meio do ano (agosto), assinando até o final de 2017. O jogador chegou por empréstimo, seu passe está vinculado até 2019 ao Porto, de Portugal. No Goiás, Walterror ou Tufão, como o goleador é conhecido, viveu os melhores momentos da carreira. Em 2012 nas 28 partidas realizadas ele marcou 16 gols. No ano seguinte, com mais jogos sendo disputados (40) ele balançou as redes em 18 oportunidades. Hailé relembra, em entrevista concedida ao repórter Pedro Marinho, da Rádio 730, que o retorno do artilheiro foi resolvido em apenas 24 horas.
“Fui a Curitiba com o Dr. Sérgio em uma viagem bem desgastante. Negociamos em um dia com o Atlético-PR, com o Porto, de Portugal, o empresário do jogador e o próprio Walter. Foi uma negociação difícil, mas eu temia que a situação sem ele poderia ter sido pior. Com certeza foi a única coisa boa que acertamos em 2016”, observou Hailé Pinheiro.
Dedicando-se ao Goiás em mais de 50 anos de sua vida, Hailé ratifica que apesar da economia brasileira não estar em suas melhores fases, o Goiás precisa focar em contratações pontuais. Na visão do dirigente esmeraldino, não existe mais amor por clubes de futebol e sim pelo salário. Encontrar o meio termo entre os dois fatores é que o Alviverde precisa para 2017.
“Estamos encontrando muitas dificuldades para contratar. Muitos atletas estão pedindo verdadeiras fortunas. Hoje, no mercado, é uma competição tremenda. Nós não podemos por preço, se um time oferecer 10 e o outro 15, o jogador escolhe onde vai ganhar mais. Não existe mais amor por clube. E sim pelo seu salário. Estamos contratando, mas vamos continuar buscando jogadores pontuais. Não podemos mais errar nesse quesito”, explicou o dirigente.