Nos últimos dias três atletas o Atlético sofreram lesões musculares e foram para o Departamento Médico (Elias, Marino e Felipe). Quatro jogadores já estavam no departamento, Felipe Brisola, Juninho, Diogo Campos e Leonardo. Os dois últimos foram liberados, o zagueiro Leonardo será titular contra o Itumbiara, Diogo Campos fica no banco de reservas.

Diante do grande número de atletas no DM muitas criticas surgiram em relação ao trabalho da comissão técnica, principalmente da preparação física, que tem à sua frente os preparadores Alexandre Irineu e Lauro Martins.

Depois das criticas e suspeita de influência externa no trabalho da comissão técnica, o treinador Hélio dos Anjos deixou bem claro, “desconheço o dirigente que irá pressionar a minha comissão técnica sem a minha reação, desconheço, só se nascer outro. Se nascer vai ser peitado na minha maneira de ser, porque eu trabalho com liberdade. Sou pago para gerir o futebol do Atlético, a hora que eu não servir eu tenho que sair. Mas o dia que alguém colocar o dedo na parte técnica, preparação física, eu não sirvo mais para trabalhar no Atlético. Até hoje não apareceu e o que apareceu, a pessoa sabe o que aconteceu e é assim que eu trabalho”, declarou Hélio.

Apesar da declaração dura, Hélio deixou claro que no Atlético não existe este tipo de interferência. “No Atlético não existe isso, aqui existe respeito, por isso que está crescendo, porque tem profissionalismo”, comentou.

“Não vendo minha alma”

Hélio revelou que pretende ser treinador por mais sete anos, até completar 60 anos. “Se aparecer um Barcelona aí eu vou ter que continuar”, brincou. Diante disto deixou claro que nunca aceitou e não aceitará trabalhar sob as ordens de outras pessoas.

“Eu nunca vou fazer papel de fantoche, ninguém vai mandar em mim. As minhas decisões são tomadas por mim, devo satisfações a direção, ao torcedor, ao mundo de futebol. Mas acho que se alguém colocar a mão no meu time eu estou vendendo a minha alma”, explicou.

Sem pressão

Hélio garantiu que preza por seus companheiros de trabalho, como os atuais preparadores físicos e médicos. O treinador lembrou que no futebol, dentro de campo, há a possibilidade de todos podem darem palpites, porque, de certa forma, grande parte das pessoas entendem do esporte. Mas acredita que pessoas leigas não podem opinar em questões médicas.

“Agora a parte física e a área de medicina, vou ser sincero é muito difícil falar que o cara entende. Eu na parte médica só sou curioso, se tem um lugar que eu não entro no meu clube, para não pressionar, é no Departamento Médico”, o treinador acha que eles precisam de tranquilidade para realizar o trabalho. 

O técnico garantiu que não fica pressionando os atletas que estão no Departamento Médico, muito menos os médicos, para que haja uma rápida recuperação. Entretanto conta com a presença de todos os atletas para o inicio do Campeonato Brasileiro.

“Dia 20 de maio o Atlético vai começar outra bela caminhada na primeira divisão e eu espero que estes problemas que nós estamos tendo hoje estejam todos resolvidos e todos muito bem”, ressaltou.