Se o presidente esmeraldino Hailé Pinheiro deu declarações no Goiás, na manhã desta sexta-feira, o técnico rubro-negro, Hélio dos Anjos, rebateu as comparações feitas pelo dirigente alviverde sobre as pontuações semelhantes de Atlético e Goiás:
“Você ter 30 pontos na Série A é uma coisa e ter 29 na B é outra baseado nos objetivos, porque, na B, o único objetivo que as equipes tem é chegar entre os quatro. Na A, o objetivo de várias equipes é permanecer. E todo mundo que está na B sabe o valor que é estar na A ou permanecer na A. Não vejo igualdade nas pontuações não”, discordou o treinador.
Hélio dos Anjos ainda fez questão de enfatizar que a pontuação de hoje do Atlético é motivo de comemoração: “Nós temos uma pontuação adequada às nossas necessidades. Se conseguirmos manter esse posicionamento até o final do campeonato, vamos soltar foguetes, porque nosso campeonato é dificílimo. Porque você faz uma Sul-Americana”, destacou.
O comandante rubro-negro ainda alfinetou as equipes rivais lembrando que o Atlético tem uma diretoria atuante: “O Atlético tem uma coisa boa: não enrola contratação. O Marino ficou 10 dias não foi por causa do Atlético. Pelo Atlético estava resolvido. O problema é que, futebol hoje, você vai buscar um jogador e tem que ir em um clube de São Paulo, outro de Pernambuco, empresário de São Paulo, no a gente no não sei aonde. E pela competência da direção do Atlético, conseguiu costurar isso para o Marino chegar”, declarou.
Em relação a dificuldade das duas competições, Hélio dos Anjos revelou que ambas são difíceis, o que existe são objetivos distintos: “É difícil desde que você pense em chegar. Se você pensa em participar não é mais difícil. Agora, com uma estrutura prejudicada pela divisão de rendas do futebol atual, é muito difícil para Ceará, Atlético Goianiense, Figueirense ficarem na primeira, porque você está disputando com equipes que tem um ganho dez, 15 vezes maior que o nosso. Então, tecnicamente, é muito mais difícil”, explicou.
No entanto, o treinador rubro-negro ponderou que se o objetivo da equipe da Série B é conquistar o acesso, a realidade muda: “Se você fizer realmente um campeonato para chegar, na série B, é dificílimo. Agora, se você quiser ser 13º, 12º, aí é fácil. Eu acho que o campeonato está sendo muito difícil em função da grandeza das equipes. Por exemplo, a filosofia do Sport é diferente do Grêmio Barueri, do Vila e do próprio Goiás. O Sport está fazendo investimento de equipe de primeira divisão, estando na segunda, porque sabe que a Série A é a sobrevivência dos clubes”, finalizou o comandante.