Sagres em OFF
Rubens Salomão

Henrique Meirelles se reúne com Caiado e retoma trabalho para formação de chapas

O ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), voltou a Goiânia na tarde desta terça-feira (22) e passou sinais de que será mesmo candidato ao Senado por Goiás na eleição de outubro. Assim que chegou, o anapolino teve rápida conversa com assessores mais próximos e não teve qualquer reunião política antes de se encontrar pessoalmente com Ronaldo Caiado (União Brasil), no Palácio das Esmeraldas. O diálogo, que durou cerca de duas horas, foi restrito aos dois, mas aliados no PSD entendem que os indicativos são positivos para a manutenção da pré-candidatura.

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Depois da conversa com o governador, Meirelles fechou a noite em reunião com o presidente do partido em Goiás, Vilmar Rocha. O comandante da sigla prefere ainda não comentar publicamente o desenrolar dos fatos, mas planeja apresentar, na próxima semana, as chapas proporcionais, a deputado estadual e federal, além do projeto majoritário da legenda. Pessedistas ouvidos pela Coluna apontam que o ex-ministro prefere não reafirmar o projeto ao Senado, mas sim agir como pré-candidato.

Neste sentido, Meirelles retomou ontem mesmo articulações para confirmar a filiação de nomes e fortalecer as chapas proporcionais, principalmente para deputado federal. O partido sofreu baque duplo nas últimas duas semanas, com a ausência do ex-ministro nas conversas, e a desistência do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (ex-PSB).

Foto: Gilberto Kassab, Caiado, Meirelles e Vanderlan Cardoso, no Palácio das Esmeraldas, em 2021. (Divulgação)

Perdas

Como antecipado pela Coluna, a filiação dos deputados Wagner Neto e Coronel Adailton ao PRTB foram recebidas como derrota para o PSD, já que ambos tiveram conversa promissora com Meirelles ainda em fevereiro. O contato, no entanto, não foi mantido e a articulação foi atropelada pelo presidente do PRTB, Denes Pereira.

Incerto

Ao mesmo, a vereadora Sabrina Garcêz ainda espera movimentos mais claros no sentido de fortalecimento da chapa a federal para continuar ou não nos quadros do PSD. A vereador estreitou relação com o Repúblicanos e tem um pé no partido do prefeito Rogério Cruz.

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Vereadora Sabrina Garcêz (Foto: Eduardo Nogueira)

Filiação

Mesmo confirmando que não há qualquer intenção de ser candidato neste ano, o presidente da Alego, Lissauer Vieira, deve se filiar ainda nesta semana ao PSD.

Seguidores

A filiação faz parte de estratégia no PSD, que ainda busca novas filiações de pré-candidatos. Lideranças, principalmente na região sudoeste do estado ainda esperam a decisão de Lissauer para seguir o mesmo caminho partidário do presidente.

Foto: Lissauer Vieira conversa com Heliod e Sousa, na Alego. (Valdir Araújo/Divulgação)

Insistência

O prefeito de Luziânia, Diego Sorgatto (União Brasil), afirmou ontem que Lissauer é o melhor nome para compor a chapa do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) como candidato a senador.

Atributos

“Além de exímio articulador, Lissauer tem densidade eleitoral em todo o estado e demonstrou sua capacidade como deputado e, especialmente, como presidente do Poder Legislativo”, afirma Diego.

Cenários

A defesa de Diego do nome de Lissauer ocorre em meio ao aumento das articulações diante do prazo final de filiações partidárias, marcado para o dia 2 de abril. As conversas ganharam força quando da ausência de Henrique Meirelles e podem ser retomadas a depender dos eventos dos próximos dias.

Ao governo?

O PSDB goiano realizou encontro da juventude partidária nesta terça-feira (22), em um hotel do centro da capital. A reunião teve presença do ex-governador Marconi Perillo, que foi incentivado a disputar o governo do estado.

Debate

Os jovens tucanos insistiram para que Perillo, inclusive, entre na corrida ao Palácio das Esmeraldas para que possam debater diretamente com o governador Ronaldo Caiado. Marconi não confirmou presença no pleito, mas disse que está pronto para debate.

Federação inviável

Ventilada em algumas regiões no Brasil, a federação entre MDB, União Brasil e PSDB dificilmente deve vingar para a disputa das eleições em 2022. É que as divergências regionais representam obstáculo praticamente intransponível. Ao menos é o que afirma o presidente do MDB em Goiás, Daniel Vilela.

Nacional

“O que o presidente Baleia tem me relatado é que é difícil a construção da unidade, apesar da disposição das direções dos partidos da construção de uma candidatura alternativa e que dê uma opção aos brasileiros de um centro-democrático mas a gente sabe das divergências dos partidos locais que acabam dificultando bastante isso e também a própria condição de viabilidade dessas candidaturas”, relata Daniel.

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