Aplicação tática, vontade de vencer e raça. Para Hermógenes Neto, técnico do Vila, a equipe conseguiu ter tudo isso e muito mais na tarde deste sábado, na vitória por 3 a 1 sobre o Madureira, no Rio de Janeiro. Para o comandante colorado, mais do que vencer, o time provou que não tem apenas 11 titulares, e sim um grupo de qualidade, que pode variar a questão tática dentro de uma partida.
“Nós não temos 11, nós temos 18 jogadores. Colocamos o Alisson porque sabemos que ele tem uma bola alta muito forte e ele ficou à frente da zaga. Depois, e quando a equipe deles sentiu, cansou um pouco, colocamos o Alexandre Carioca para fechar mais o meio e proporcionar o contra-ataque para o Gustavinho, que foi de onde saiu o gol. O Gustavinho é um garoto que eu aposto, quando ele tinha 15 anos eu lancei ele no sub-20, eu não tenho medo de colocá-lo, mas é um jogador que vai subindo degrau a degrau, ele entrou bem e encaixou”
Hermógenes ressaltou que a tentativa dele e de todos que estão atualmente dentro do clube é recuperar o espírito vilanovense, de raça e de amor à camisa, que acabou se perdendo no tempo e deixou o Vila longe do que realmente é. O treinador destacou que vai conseguir isso com os garotos que estão surgindo agora, primeiro com a ideia de que o time não precisa temer os adversários e jogar de forma defensiva.
“Eu tenho uma ideia do futebol que pra você conseguir a vitória, tem que atacar. Sempre falei para os jogadores ‘nós temos que ser rápidos na saída de bola e rápidos na chegada’. Conseguimos impor isso e o Vila tem que ser assim, em qualquer lugar que for, eu vou buscar a vitória. Os jogadores agora estão vestindo a camisa, ela está sendo a segunda pele, é isso que eu quero implantar. É isso que nós queremos, é raça”