Nesta terça-feira (24) em que Goiânia completou 84 anos, Cecília Barcelos teve a missão de anunciar, mas não sozinha, os vencedores do concurso “Goiânia 84 Anos” no programa Cidadania em Destaque. Isso porque a apresentadora teve a companhia de dois arquivos vivos da nossa querida Capital. O desembargador e ex-jogador Homero Sabino, e o professor Reinaldo Pantaleão.

Mais do que especial, o programa foi uma verdadeira aula de história sobre a Capital goiana. Homero Sabino, conta que boa parte do que pode ser contado sobre Goiânia está nas obras do falecido irmão Oscar Sabino Júnior, autor das obras “Goiânia Global” e “Goiânia Documentada”.

Uma terceira obra não chegou a ser publicada em vida pelo irmão, “Goiânia Cidade Vazia”. Nascido em Rio Verde, no sudoeste goiano, Homero Sabino fala sobre o livro e relata que chegou à capital goiana em 1937.

“É uma história completa de Goiânia. Inclusive como uma cidadezinha do interior em que todo mundo conhecida todo mundo. Lembro-me das famílias e pessoas que aqui já estavam em 1937. Cheguei aqui em 7 de abril de 1937”, relembra.

Homero Sabino, de 87 anos, fez parte também da história do esporte goianiense. Isso porque o desembargador, à época ficou conhecido pelo apelido “Didiu”. Ele conta com orgulho que foi campeão vestindo as cores de dois clubes da Capital.

“Fui campeão pelo Goiânia e pelo Goiás. Primeiro pelo Goiás, em 1951. Foi até um ano atípico, em que o Goiânia recorreu e, anos depois, o título que era do Goiás, foi retirado no tapetão, e foi declarado campeão o Goiânia Esporte Clube. Como eu já estava jogando no Goiânia, fui campeão de qualquer jeito (risos). Depois, em 1956, fui campeão pelo Goiânia jogando como centromédio”, recorda.

Ele conta que o apelido veio dos irmãos, que no total eram nove, e que o chamavam apenas de “Didiu”. “Com 9 ou 10 anos eu já começava a treinar pelo Goiânia Esporte Clube, e aí esse apelido Didiu ficou. Atualmente, no meu lar, todos os meus netos me chamam de vovô Didiu”, conta.

O professor Reinaldo Pantaleão, ou carinhosamente “Panta”, nasceu no Setor Campinas, ou, para os íntimos, a Campininha das Flores. O bairro surgiu antes da própria Capital, e hoje já possui 207 anos. Militante desde os tempos do regime militar, ele conta com orgulho as raízes que possui em Campinas.

Professor há 43 anos e com uma vida ligada a Campinas, à pesquisa dentro da História, da cultura e da poesia, Pantaleão não deixou de apontar sua preocupação com a Capital nos dias atuais, seja com a questão da violência e outras dificuldades, e faz um apelo.

“Há a necessidade de Goiânia se transformar novamente naquela que nós sonhamos. Está na hora de repensar as atividades, a aplicação de um plano-diretor. Está na hora de Goiânia ser olhada com bons olhos, senão, lamentavelmente, daqui a alguns anos, as pessoas terão estatísticas horríveis”, avalia.

Você pode conferir a entrevista completa de Homero Sabino e do Professor Pantaleão a seguir

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Com informações do Futebol de Goyaz

ceciloia