Representantes dos hospitais de Goiás e Ipasgo não entraram em acordo durante reunião realizada no Ministério Público.
O instituto está com atraso no repasse da remuneração às unidades de saúde privadas. O atraso refere-se aos meses de novembro e dezembro. O Ipasgo tem até 60 dias após o vencimento para efetuar os pagamentos.
Segundo o promotor Marcelo Celestino, uma nova reunião deve ser realizada com o secretário da fazenda.
“A proposta lançada pelo Ipasgo não foi aceita pelos prestadores, que seria de um período de carência de 90 dias dividindo os dois meses em 24 meses. A Associação dos Prestadores fez a contraproposta de pagamento imediato em seis meses, e o Ipasgo disse que não há a mínima possibilidade”, destaca.
De acordo com o presidente do Ipasgo José Taveira, a dívida atual do instituto passa de R$ 300 milhões. Ele afirmou que as parcelas do mês de agosto e setembro foram quitadas, e na semana que vem outubro também será.
José Taveira declarou que o impasse é sobre os meses de novembro e dezembro, e que a partir de janeiro os pagamentos podem voltar a ser em dias.
“Há um descompasso entre a receita e a despesa no Ipasgo. Nós arrecadamos R$ 67 milhões e pagamos R$ 71 milhões. Há um déficit mensal de R$ quatro milhões, que a gente não consegue eliminar da noite para o dia”, argumenta.
Segundo o presidente da Associação dos Hospitais de Goiás, Fernando Honorato, mesmo com o impasse, o atendimento aos usuários deve ser mantido nas unidades,
“Em hora nenhuma nós falamos em paralisação ou retaliação. Estamos tentando diálogo e vamos tentar até o último momento”, completa.