No último sábado, o Vila Nova esteve muito próximo de vencer o Oeste fora de casa em partida válida pela 18ª rodada da Série B, porém acabou vacilando no segundo tempo e deixando a vitória escapar mesmo com um jogador a mais. Para piorar, a vitória do América-MG sobre o Guarani no domingo deixou a equipe na zona de rebaixamento.

A área de descenso para a terceira divisão não era uma realidade há muito tempo no clube, afinal de contas desde a sexta rodada da Série B de 2016 o Vila Nova não entrava na zona, de acordo com o jornalista Alexandre Ferrari. Foram, portanto, 126 rodadas fora da região mais perigosa da classificação do Campeonato Brasileiro.

Em entrevista exclusiva à reportagem das Feras do Kajuru na Rádio Sagres, Hugo Jorge Bravo destacou que “nós temos que ganhar. A equipe precisa recuperar a confiança, derrapamos no último jogo em casa, que era um momento importante para termos obtido dois resultados positivos seguidos para acalmar um pouco o ambiente e tirar um pouco essa pressão, mas não tem outro caminho que não seja trabalhar”.

O diretor de futebol colorado amenizou o empate em Barueri com o Oeste e voltou a lamentar a derrota no Olímpico para o Sport na última terça-feira. “Infelizmente, o baque de perder dentro de casa gera esse clima de intranquilidade e pressão, e querendo ou não, as circunstâncias foram ruins, mas esse empate com um concorrente direto, se for analisar friamente, não foi um resultado péssimo”, salienta.

Hugo Jorge Bravo também lembra problemas para mudar o grupo, e “dar uma reformulada no elenco durante a competição já não é fácil, aí você pega uma equipe com um orçamento todo comprometido. Você não pode trazer um jogador da Série B, porque já estourou a cota dos cinco jogadores. Você tem a possibilidade de às vezes trazer um jogador da Série C, mas agora no momento de fase final não consegue”.

“Além disso, com algumas situações de lesão, o treinador não consegue repetir a escalação, não emplacamos uma sequência e isso tudo gera um clima de instabilidade e falta de tranquilidade. Na medida do possível, com todas essas dificuldades, tentamos reformular o elenco com um perfil de jogadores diferente para dividir a responsabilidade e trazer mais experiência para suportar esse momento crítico”, complementa.

De qualquer forma, o dirigente vilanovense confirma que o “Cabo segue firme. O Marcelo tem a nossa confiança e estamos tentando colocar a melhor condição de trabalho para ele, tanto na questão de logística, quanto na humana, no caso de atletas, para conquistar o nosso objetivo, que é sair dessa zona desconfortável”.

Sobre os novos reforços, Hugo destaca a presença do treinador, que trouxe a possibilidade de contratar Julián Benítez e Robinho, assim como o interesse por Edinho, já que todos trabalharam com Marcelo Cabo no CSA. “Apesar não estarem jogando na condição de titular, estavam treinando e são atletas mais experientes e acostumados com um nível de competitividade mais alto”, ressalta.