O deputado estadual Humberto Aidar (PT) concedeu uma entrevista exclusiva à Rádio 730 nesta sexta-feira (17). Em pauta, o episódio envolvendo o parlamentar Gustavo Sebba (PSDB), que no dia 14 de novembro teve presença registrada no painel, mas não pisou na Assembleia Legislativa.

Em virtude da confusão, a Comissão Mista da assembleia anulou todas as apreciações e votações de projetos realizadas em reunião na tarde do dia 14. Depois de algumas tentativas de garantir o quórum na Comissão, o painel passou a registrar 17 presenças, incluindo a de Gustavo, que é justamente o número mínimo para que votações sejam possíveis.

Humberto Aidar afirma que percebeu o problema quando viu o nome de Sebba no painel. “Estávamos em 16 já havia mais de 1h. Quando deu os 17, votaram uns quatro projetos. Aí o deputado Major Araújo me chamou e falou que na sala só tinha 15 e um deputado que estava do lado de fora, na porta, em uma entrevista. Eu sabia que o Gustavo não tinha ido na assembleia naquele dia”, recorda.

De acordo com Aidar, considerando o intervalo de tempo em que a senha de Sebba foi digitada no plenário, é praticamente impossível ter acontecido um simples erro de digitação. “Claro que não foi por engano. Digitaram para dar os 17 deputados e iniciar a votação. Um deputado digitou a senha e sete segundos depois a senha do Gustavo foi digitada no terminal. Nós vamos investigar para descobrir quem fez isso e eu acho que esse deputado tem que ser cassado”, enfatiza.

Questionado sobre as constantes falta de quórum no plenário e nas comissões, o presidente da Assembleia, José Vitti (PSDB) defendeu o uso de biometria e a adoção do corte de ponto para os parlamentares que não comparecem às sessões, sem justificativa para as ausências. A adesão desse critério pode fazer parte do pacote de alterações ao Regimento Interno que está em análise na Procuradoria da Assembleia.  

Acompanhe a entrevista completa:

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