O ex-secretário estadual de Saúde, Antônio Faleiros, demonstrou descontentamento com algumas lideranças do PSDB, que ele preferiu não citar nome, e também, com o governador Marconi Perillo por ter sido ‘esquecido’ durante o início do novo mandato do tucano.

Antônio Faleiros foi presidente estadual do PSDB cinco vezes. “A minha história se confunde com a história do PSDB. Mas algumas pessoas não dão valor à história do PSDB”, reclama.

O político cita que fica muito incomodado por sequer ser chamado para conversar. Ele diz que não quer cargo no governo, mas que gostaria de ser pelo menos respeitado pelos antigos companheiros.

Insatisfeito no PSDB, Faleiros não descarta a possibilidade de trocar de legenda. Neste prisma, ele destaca que não tem interesse em ir para nenhuma das siglas existentes, e que a mudança só se daria para um partido novo e democrático.

Ouça a entrevista completa: {mp3}stories/2015/fevereiro/antonio_faleiros{/mp3}

Neste sentido, o ex-secretário revela que foi procurado apenas pelo vereador Djalma Araújo, que teria feito um convite para ele ingressar na Rede, partido que está sendo criado pela ex-candidata à presidente da República, Marina Silva.

De acordo com Faleiros, todos os partidos em Goiás tem dono e não são democráticos. Sobre o PSDB, ele diz que Marconi é o dono do partido, mesmo sem se esforçar para isto. “Só pelo fato de ele ser governador, o partido já faz tudo que ele quer”, afirma.

Para Faleiros, atualmente Marconi Perillo tem mais poder dentro do PSDB do que Iris Rezende no PMDB. Ele atribui a condição, principalmente ao fato de o tucano ter o cargo de governador.

 

Governo e Sucessão

Na avaliação de Antônio Faleiros, o governador Marconi Perillo está seguindo princípios de Maquiavel no novo mandato. Inicialmente, ele está tomando todas as decisões amargas em dose única, para depois, em pequenas ações ir implantando as ações mais populares.

O ex-presidente do PSDB analisa que Marconi elenco três possíveis sucessores. O vice governador José Eliton, o secretário Thiago Peixoto e o deputado federal Giuseppe Vecci.