O Goiás passará no final do ano, em dezembro, por mais um pleito presidencial e dada a proximidade com as eleições ainda não há uma definição sobre nomes para chefiar o clube. O preferido do conselho é do atual presidente, Sérgio Rassi. Porém, desgastado após uma temporada ruim, Rassi ainda não decidiu se pretende continuar à frente do esmeraldino.
E o grande impasse que mantém o cartola com um pé atrás quanto à reeleição é o atual modelo diretivo que vigora no Goiás. Há uma cabeça com presidente e dois vices, acompanhada de perto por um Conselho deliberativo composto por “figurões” do clube. De acordo com Rassi, isso deveria mudar:
Mais do Verdão:
Em partida eletrizante, Goiás arranca empate no Independência e mantém chances na Série A
Destaque no empate contra o Galo, Bruno Henrique diz que quer ficar no Goiás em 2016
Técnico elogia equipe no empate e aprova mala branca: “Com certeza”
“O presidente de um clube, ao meu ver, ocupa uma cargo honorífico, não é remunerado. Isso não permite que o presidente abra mão dos seus deveres habituais para ganhar o pão de cada dia. Sou à favor de uma mudança, envolvendo gestores profissionais remunerados em cada área, por exemplo gestor administrativo, financeiro, de marketing e porque não um gestor de futebol”.
“Se pagamos 120 mil reais por mês em jogadores que eram reservas em anos passados, porque não podemos pagar 30 ou 40 mil reais para um gestor de altíssimo nível e capacitado para aquilo? Nos traria muitos benefícios. Não fui treinado para ser presidente de futebol, minha competência é para ser cardiologista”.
Sérgio Rassi detalha como seria o modelo que o faria mudar de opinião e se candidatar à reeleição no Goiás:
“O cargo que eu e outros presidentes exerceram foi simplesmente por amor, porque além de não ser remunerado não fomos preparados para tal função. Acho que com gestores profissionais da área o clube estaria mais bem representado. Dentro disso, um Conselho diretivo de notáveis faria parte das decisões julgando o trabalho dos gestores”.
“Essa figura exclusivista, que acaba se tornando a única vidraça do clube, não sei se estou preparado mais. Por isso a minha dúvida, não tenho certeza se me insiro nesse modelo antigo. Mas para montar um conselho diretivo, com pessoas que amam o clube e são importantes na história, aí eu estaria muito confortável”.