A indústria goiana cresceu 4,75% em 2012. É o que aponta o levantamento divulgado na manhã desta segunda-feira (25) pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG). O número é superior ao índice nacional, que aponta crescimento de 2,40% para o Brasil.
Em termos de produção física, Goiás cresceu 3,8% em relação a 2011. Segundo Pedro Alves de Oliveira, presidente da FIEG, os grandes responsáveis pelo crescimento da indústria goiana são os incentivos fiscais.
“Esse crescimento foi fruto do trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo dos anos, como o projeto de incentivos, que foi fundamental. Soma-se a isso as riquezas do estado de Goiás, que é um celeiro de produção de alimentos. Isso gera emprego, gera consumo e irriga a economia de modo geral”.
No entanto, fatores de infaestrutura figuram como principais entraves ao crescimento industrial. Rodovias precárias, crise na Celg, excesso de burocracia e falta de mão de obra qualificada são apontados pelo presidente da FIEG como os principais gargalos da indústria goiana.
“A questão das rodovias é um gargalo. Temos também o problema da ferrovia Norte-Sul.Temos o problema de energia da Celg. Às vezes, as indústrias se instalam, estão prontas para funcionar, mas ficam esperando a energia. Além disso, tem a burocracia, que imperra o País. Principalmente na questão do meio ambiente. Temos que entender que a preservação ambiental é importante, mas não podemos imperrar nosso desenvolvimento devido a isso”.
Para 2013, a expectativa da FIEG é de que a indústria goiana cresça até 6%. No início de março, Goiás vai receber missões de empresários japoneses e árabes. Pedro Alves de Oliveira explica a atenção e o interesse internacional na indústria goiana.
“O Brasil, de modo geral, mas o estado de Goiás, especificamente, tem chamado a atenção do mundo. Sempre temos recebido missão da Coréia, da Itália, e agora virão os japoneses, que querem ver de perto o que está acontecendo aqui em nosso estado. Vamos ter também o mundo árabe, com a presença de 17 embaixadores. De modo que nossa perspectiva é positiva. Nosso país já passou a poderosa Inglaterra na economia. Somos a sexta economia e ainda poderemos colocar o Brasil entre as quatro primeiras”.