Faturamento da indústria brasileira aumenta 0,4%
O faturamento da indústria brasileira aumentou 0,4% em
julho na comparação com junho na série livre de influências
sazonais. A utilização da capacidade instalada subiu de 79,4% em
junho para 79,9% em julho. Os sinais de recuperação da atividade,
registrados pela expansão do faturamento e pela redução da
ociosidade do parque produtivo, ainda são insuficientes, contudo,
para estimular a criação de empregos.
De acordo com a pesquisa, Indicadores Industriais divulgada nesta
quarta-feira, 9 de setembro, pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI), enquanto o faturamento cresceu pelo terceiro mês
consecutivo, o nível de emprego ficou estável e as horas
trabalhadas na produção tiveram um incremento de apenas 0,1% em
julho na comparação com junho, na série dessazonalizada.
A boa notícia do levantamento é que a estabilidade no emprego
industrial em julho interrompe uma sequência de oito meses
consecutivos de redução no indicador. “O indicador de emprego
sinaliza o fim do ciclo de ajuste no mercado de trabalho da
indústria”, informa a pesquisa.
“Considerando o indicador dessazonalizado, o ritmo persistente
de queda frente ao mês anterior – ao redor de 0,9% – perdeu
força nos meses de maio (-0,4%) e junho (-0,1), até ficar
estável em julho”, completa o estudo.
De janeiro a julho deste ano o emprego na indústria acumula uma
queda de 3,1% em relação a igual período do ano passado. Na mesma
base de comparação, a retração nas horas trabalhadas alcança 8,6%.
A pesquisa da CNI mostra que, apesar dos sinais de recuperação, o
faturamento na indústria registra queda de 8,2% de janeiro a julho
deste ano em relação ao mesmo período de 2008. Os salários pagos
pelo setor caíram 1,6% na mesma base de comparação. Em relação a
julho do ano passado, os salários recuaram em dez setores. As
maiores perdas foram registradas nas indústrias de papel e celulose
e máquinas e equipamentos.