Agravada pela pandemia da Covid-19, a evasão escolar no Brasil permanece como uma barreira para a melhoria dos indicadores da educação. Com o início do ano escolar, o país precisa acelerar a busca por soluções para trazer de volta às salas de aula crianças e adolescentes que deixaram os estudos.

O Censo Escolar da Educação Básica 2021, divulgado em janeiro de 2022 pelo Ministério da Educação, contabilizou 627 mil matrículas a menos na educação básica, na comparação com 2020. Com a pandemia, a evasão e o abandono escolar cresceram 5% no ensino fundamental e 10% no ensino médio.

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Esses números comtemplam os cenários das redes pública e privada, e é mais grave aos 5 e aos 17 anos, extremos da faixa etária da educação básica. Depois da pandemia, a população fora da escola no Brasil é de quase 1 milhão de crianças e adolescentes.

Experiências bem-sucedidas criadas pela iniciativa privada podem, e devem, ser multiplicadas por meio de instrumentos governamentais que apoiam esse tipo de projeto. Um exemplo disso é o Fundo Socioambiental do BNDES, por meio do qual a Fundação Raízen.

O projeto obteve R$ 8,1 milhões para um programa de alcance nacional, com investimento total de R$ 16,2 milhões. O programa vai beneficiar 405 escolas da rede pública em 90 municípios de todo o Brasil, impactando indiretamente mais de 30 mil estudantes.

O programa tem duração prevista de quatro anos e visa contribuir para que professores e a gestão escolar tenham suas práticas pedagógicas fortalecidas, por meio da incorporação do desenvolvimento de habilidades socioemocionais na jornada dos alunos.

Tornar as escolas ambientes mais atrativos para alunos e alunas dos anos finais do ensino fundamental é um dos pontos chave no combate à evasão escolar. O envolvimento ativo da família também é muito importante para estreitar e reforçar laços com toda a comunidade escolar.

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