Nesta segunda-feira (11) o repórter André Rodrigues trouxe com exclusividade a informação que Osmar Lucindo não é mais diretor de futebol do Goiás. Osmar voltará as categorias de base do esmeraldino. O cargo ficará em aberto, mas a presidência do Goiás anunciou que goleiro Márcio terá uma nova função no clube. O jogador servirá como interlocutor da presidência com os jogadores do alviverde.  

Confira entrevista completa com goleiro Márcio 

Quem te escolheu para desempenhar essa função de interlocutor do elenco e o que exatamente você fará?  

– O presidente Marcelo Almeida me procurou. Eles tiveram uma reunião entre eles e acharam por bem eu trem desta situação, tendo em vista o que eu represento com o grupo e a forma que me aceitam como atleta. As colocações que fiz para eles fizeram com que entendesse que com a volta de Osmar Lucindo para a base precisaria de alguém no cargo, mas não é um cargo de supervisor e apenas um interlocutor do grupo, com a direção e atletas. O futebol não é feito somente dos jogos, mas sim, das situações que o cerca. A diretoria do Goiás tendo confiança mim, me procurou para fazer este intercambio. Claro que estou em plena atividade, com o físico muito bem e apto para estar disputando a posição. Porém, hoje não estou no contexto jogando para disputar com Rangel, com isso entenderam que eu poderia estar ajudando nesta função. Sou funcionário do Goiás, ele que coloca os alimentos para os meus filhos e não poderia me furtar da função de ajudar o clube. Neste momento que demorar para ser entendeu, mas que todos entenderam que é livrar do rebaixamento

Por que após sair do time B você assumiu essa função?  

– Simplesmente por que sou quem eu sou. Na hora que o Goiás me afastou e me colocou no grupo B, eu não mudei a minha conduta e minha forma de agir com as pessoas. Tenho os meus princípios e ele são imutáveis. Por entenderem que sou dessa forma e posso ajudar Goiás sair dessa situação da zona de rebaixamento, viram em mim uma pessoa de seriedade e honestidade. Me sinto muito lisonjeado por ter esse reconhecimento do clube. Não é como eu quero. Vou dar sequência na minha carreira. Com o tempo as pessoas intendam o que o Goiás está propondo para mim neste momento. Entendo que tenho condições de jogar futebol ainda, em alto nível. O que aconteceu aqui durante o ano não foi culpa minha. Só agi da forma que sempre agi, trabalhado honestamente.  

Márcio, você sentiu que o Osmar Lucindo estava pecando nessa função que fará agora?  

– O Osmar é um cara formidável e integro. Ele estava em uma função difícil de ser gestor de futebol do Goiás. Por alguns motivos ele não tinha tanta afinidade com o grupo. Eu estou dentro do vestiário com os jogadores. Talvez por entender dessa forma eu seria a pessoa adequada para fazer essa comunicação que eles querem.  

Você teme ter algum desgaste com os jogadores?  

– Pode existir desgastes, mas o grupo não é ruim, não é de mau caráter e nem de baladeiros. Todo grupo tem o que aqui tem, já trabalhei em vários e posso dizer isso categoricamente. Tem vários atletas aqui que tem condições de estar jogando em alto nível, mas as peças até agora não fluíram. Cabe a nós jogadores rever esses conceitos e mudar, ainda tem tempo. Conversas e treinamento vai fazer com que o Goiás consiga a permanência na Série B. O desgaste se existir, quando conseguirmos a permanência todos irão se abraçar. Eu não sou a solução do Goiás. A solução do Goiás está aqui dentro. Todos levam o sobrenome Criciúma. Temos que ajudar o treinador a nos ajudar.