Os usuários do Ipasgo estão insatisfeitos com a paralisação de atendimentos por parte dos oito mil prestadores de serviço junto ao instituto. Com isso se mobilizaram no intuito de pressionar a retomada das atividades. Um grupo de servidores tentou protocolar ação junto ao PROCON/GO, reivindicando o atendimento cancelado. A presidente do Sindisaúde, Maria de Fátima Veloso relata que o resultado da tentativa não foi o esperado.

“Viemos protocolar no PROCON a garantia do acesso pelo plano de saúde que pagamos rigorosamente em dia. Infelizmente a alegação é que o Ipasgo tem um regimento próprio e não possui cadastro na Agência Nacional de Saúde (ANS), por isso não pode receber a ação. Falamos com nossa assessoria jurídica e vamos protocolar perante o Ministério Público Estadual e Federal”, explica.

Maria de Fátima Veloso disse que não medirá esforços para o acesso ao direito e questionou ainda os valores da dívida do instituto, que é de 250 milhões de reais, sendo 36 milhões para pessoas físicas, e 214 para as pessoas jurídicas.

“Segundo o próprio presidente, o Ipasgo arrecada 65 milhões de reais, mas gasta 70. Ora, como cinco milhões acumularam tão rapidamente em 300 milhões de reais?”, questiona.

Reunião com prestadores

Os servidores realizaram reunião em conjunto com os prestadores de serviço para dialogar sob o impasse em que as duas partes se encontram. O secretário geral do movimento goiano em defesa do serviço e servidor público, Kléber França Pereira, avalia a conversa feita com os prestadores.

“Queremos aproveitar para estreitar ainda mais esse relacionamento entre contratados e contratantes. Entendo que há dois problemas: político e de gestão. Nossa idéia é que primeiro se resolva o problema político, para que então possamos definitivamente resolver o problema de gestão do Ipasgo”, esclarece.

O diretor do Sindicato dos Médicos de Goiás (SIMED), Robson Azevedo, argumenta a importância de estarem unidos para que a situação possa ser resolvida.

“Se nós, os interessados não nos reunirmos, a crise que se instalará no Estado com a falência do órgão afetará não só nós, mas toda a população, já que muitos hospitais dependem do faturamento do órgão”, afirma.